'Tô Ryca 2' estreia nos cinemas e é garantia de riso fácil
Filme traz a história de Selminha, uma milionária que perde tudo e precisa viver com um salário mínimo
O bordão brasileiro popular que melhor resume o filme “Tô Ryca 2” é “alegria de pobre dura pouco”. Essa premissa, que vem de um escracho bem cotidiano, conduz a história protagonizada por Samantha Schmütz, que chega, nesta quinta-feira (3), aos cinemas de todo o Brasil, prometendo boas gargalhadas tal como no primeiro longa lançado em 2016.
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Uma vida de luxo
Na comédia dirigida por Pedro Antonio, a personagem principal, Selminha, volta à cena como uma mulher milionária, mas que nunca se desconectou de suas origens. Aliás, essa é a grande diferença da continuação, que passa a focar mais nas histórias envolvendo a classe pobre. Até lá, a ostentação segue apresentada em uma casa repleta de empregados, roupas caras, comida e bebida à vontade, dividindo espaço com uma proprietária excêntrica e apegada à sua comunidade de origem, Quintino. Por lá, Selminha faz visitas frequentes aos moradores, ajuda boa parte deles e até promete organizar uma grande feijoada aberta na quadra.
Tudo parece perfeito, nesse misto de solidariedade e vida de luxo, até a protagonista ser surpreendida por uma homônima, que reivindica seus direitos pela fortuna deixada de herança por um tio que ela também não conhecia. Uma segunda Selminha Oléria Silva, vivida pela atriz Evelyn Castro, reforça o tom humorado nessa história, ao entrar em guerra por todos os bens adquiridos por sua rival até então. Em meio a tanta confusão, resultado: o dinheiro fica congelado e, até que a situação se resolva oficialmente na Justiça, a primeira Selminha terá que se manter com apenas um salário mínimo, o que significa R$ 30 para gastar por dia. E como viver com esse dinheiro?
A cara do Brasil
O momento de recuar e se adaptar ao antigo estilo de vida, para poder reconquistar os bens, é o ápice do filme. Com bastante humor, Samantha Schmütz, que na vida real vem se posicionando em questões políticas e econômicas nas suas redes sociais, retrata, em meio ao riso e ao desespero, os desafios da vida do pobre, do momento em que ele acorda, vai para o trabalho, lida com as cobranças do patrão e enfrenta os problemas gerais de uma cidade grande, como transporte público apertado e alagamento em tempos de chuva.
Para “rir da própria desgraça”, ela conta com um elenco entrosado ao tema, como a atriz Katiuscia Canoro, no papel da melhor amiga Luane e do funcionário fiel, vivido pelo comediante Rafael Portugal, considerado o destaque do momento quando o assunto é comédia. Na lista também estão Anderson Di Rizzi, Marcello Melo Jr, Charles Paraventi e participação especial da dupla Maiara e Maraisa. O longa tem roteiro de Fil Braz, de “Minha mãe é uma peça 2”, produção da Glaz, coprodução Globo Filmes e Paramount Pictures Brasil, apoios da Investimage, Telecine e distribuição pela Downtown Filmes.
Humor simples e ágil
Mesmo em se tratando de um longa, em alguns momentos a história é apresentada como num esquete, sem muita informação detalhada daquele momento. Um recurso que parece dar mais agilidade ao filme na sua clara missão de divertir o público.
Além disso, Samantha Schmütz é a grande estrela de “Tô Ryca 2”. Repleta de caras e bocas exageradas, consegue conduzir praticamente todo o enredo. De maneira bem caricata, passa a ideia de que o brasileiro mais humilde tem vocação para ser um batalhador, daqueles que não desiste em vencer, mas também não deixa de perder a piada.