Trema! Festival retorna após hiato distante dos palcos
Festival, que celebra uma década de existência, começa nesta terça-feira (19) e segue até o próximo domingo (24) com espetáculos locais, nacionais e internacionais
“De alguma maneira, hoje, todo ato artístico é uma barricada contra o descaso e a perseguição (...) não nos renderemos à barbárie”. Foi em meio a esses ditos que Pedro Vilela, ator, diretor e idealizador do Trema! Festival que, das resistências artísticas locais é uma das mais cortejadas, introduziu o papo com a Folha de Pernambuco.
Com 27 espetáculos distribuídos por entre teatros pernambucanos, o festival voltar a ocupar os palcos de hoje até o próximo domingo (24) após três anos ausente do calendário – inicialmente por falta de recursos para realização e também por ter sido acometido pela paralisação da arte em decorrência da pandemia da Covid-19.
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“Fomos dados como mortos em 2018. Acreditavam que o festival não mais aconteceria e muito disso se deu por perseguições institucionais”, complementou Pedro, à frente da organização do evento que, entre outros vieses, foca em experimentações estéticas e temas urgentes e, portanto, necessários para ser reverberados via fazeres artísticos.
Apresentações descentralizadas
O retorno do Trema! também marca a celebração de uma década do festival, que já pairou palcos afora com participação de mais de 40 grupos de várias partes do mundo.
A edição, comemorativa, incentivada pelo Fundo de Cultura de Pernambuco, vai reunir presencialmente artistas do México, Chile e Portugal, além de descentralizar apresentações com polos em Olinda, Recife e no Agreste pernambucano, nas cidades de Limoeiro e Surubim.
Aos espetáculos de abertura o acesso será gratuito, assim como para as apresentações locais (com distribuição de ingressos uma hora antes das sessões) e atividades formativas. Já para as atrações nacionais e internacionais os valores são R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira) – com pelo menos 10% dos ingressos disponibilizados para alunos de escolas públicas do Estado, como forma de potencializar o caráter democrático que rege o evento.
Lado A e Lado B
“Esta edição tem uma dupla mirada: é dividida em Lado A e Lado B. Nela, temos a possibilidade de realizar desejos antigos, como por exemplo, trazer o ‘Lagartijas Tiradas Al Sol’, grupo mexicano que queríamos fazia muito tempo.
E tem a coreógrafa Lia Rodrigues que fará a abertura com ‘Encantado’ ", contou Pedro sobre um dos espetáculos da grade que recentemente passou por temporada em São Paulo e estreou em ares europeus, na França.
No Trema! a apresentação será no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Boa Viagem). Além dele outros espaços vão receber programação do festival: os teatros Apolo-Hermilo, Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro), Galpão das Artes (Limoeiro), Reduto Coletivo (Surubim), Caverna Coletivo (Olinda). Ruas das cidades também servirão de palco para algumas das atrações que, entre as internacionais, vai trazer “Feedback”, da “CRL – Central Elétrica (Circolando), companhia de dança portuguesa.
Já “Altamira 2042”, solo da atriz Gabriela Carneiro da Cunha, também ganha destaque e “Manifesto Transpofágico” marca o retorno de Renata Carvalho ao festival. A grade contará ainda com produções locais e outras trazidas do eixo Rio-São Paulo.
E entre as atividades que integram o festival está a “Oficina Teatral para Pessoas Trans e Travestis”, guiada pelas cearenses Noá Bonoba, atriz e travesti, e pela multiartista trans não-binário, Marín. A presença do dramaturgo chileno Alexis Moreno, integrante do Teatro La María, que vai ministrar o workshop de dramaturgia “Cinco Aproximações a uma Cena”, é também destaque no evento.
Serviço
Trema! Festival
De hoje até o domingo (24), em teatros do Recife, Olinda, Limoeiro e Surubim
Ingressos gratuitos para os espetáculos de abertura, produções locais e atividades formativas; para grade nacional e internacional, R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira)
Programação e venda de ingressos no site www.tremafestival.com.br
PROGRAMAÇÃO TREMA!FESTIVAL
LADO A
[GRATUITO]
INVOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA, Fernanda Silva & Sonia Sobral
19 abril, Parque Dona Lindu, 19h30 [espetáculo acessível em libras]
Baseada no texto da aula pública proferida pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, em abril de 2016, nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a performance remonta às complexas relações entre os índios brasileiros e o Estado moderno: uma história de dominação vista pelo prisma pós-colonial. Fernanda Silva, performer e representante de tantos involuntários da pátria, índia, negra, pobre, LGBTQ+, grita e dança as palavras em todas as direções, dando com seu corpo e voz, uma nova dicção ao texto do antropólogo sobre a guerra em curso contra os indígenas do Brasil. Assim, a histórica aula pública de Viveiros de Castro se transformou no gesto político-performativo concebido pela diretora Sonia Sobral.
Concepção: Sonia Sobral
Criação: Sonia Sobral e Fernanda Silva
Performance: Fernanda Silva
Texto: Eduardo Viveiros de Castro
Duração: 45 min
Indicação etária: Livre
[GRATUITO]
ENCANTADO, Lia Rodrigues
19 abril, Teatro Luiz Mendonça, 20h30
No Brasil, o termo “encantado” tem vários significados. Pode ser sinônimo de maravilha, descrever o efeito de um feitiço, ou ainda designar entidades animadas, os "encantados", que navegam entre céu e terra, dunas e rochas, e os tornam lugares sagrados. São essas forças misteriosas, intimamente ligadas a uma natureza agora ameaçada, que inspiraram Lia Rodrigues neste espetáculo marcado pelo contexto pandêmico onde o Brasil foi particularmente atingido de forma dura. A coreógrafa questiona como “encantar nossos medos” para recriar um coletivo dinâmico e aproximar os indivíduos. Ao fazê-lo, Encantado nos convida a redescobrir as forças naturais, em busca de imagens, paisagens e movimentos que – como os encantados – viajam de corpo em corpo.
Criação: Lia Rodrigues
Dançado e criado em estreita colaboração com: Leonardo Nunes, Carolina Repetto, Valentina Fittipaldi, Andrey Da Silva, Larissa Lima, Ricardo Xavier, Joana Lima, David Abreu, Matheus Macena, Tiago Oliveira, Raquel Alexandre
Assistente de criação: Amalia Lima
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração artística e imagens: Sammi Landweer
Criação de luz: Nicolas Boudier com assistência técnica de Baptistine Méral e Magali Foubert
Montagem e operação de luz: Jimmy Wong
Trilha sonora/mixagem: Alexandre Seabra (a partir de trechos de músicas do povo GUARANI MBYA / aldeia de Kalipety da T.I. Tenondé Porã, captadas durante a marcha contra o ‘marco temporal‘)
Produção Brasil: Gabi Gonçalves / Corpo Rastreado
Duração: 60 min
Indicação etária: 16 anos
Com apoio de: FONDOC (Occitanie) / França; Fundo internacional de ajuda para as organizações de cultura e educação 2021 do ministério federal alemão de Affaires étrangères, do Goethe-Institut e de outros parceiros; Fondation d’entrepriseHermès/França, com a parceria de France Culture
Lia Rodrigues é artista associada do Théâtre national de la Danse (Paris); Le CENTQUATRE-PARIS
[GRATUITO]
POEMA, Cia do Ator Nu (PE) [estreia]
20 abril, Teatro Marco Camarotti, 19h [espetáculo acessível em libras]
Nascido sob o signo da revolta e da indignação, Poema é um espetáculo de teatro (crítico, político, poético), a partir do livro Tetralogia da Peste [+ dois tempos, uma cidade] de Antônio Martinelli, no qual um ator dá voz a quatro personas que, distantes geograficamente, porém, unidos pela dor, refletem e resumem a nossa miséria social, econômica, sanitária e humana.
Texto: Tetralogia da Peste [ + dois tempos, uma cidade]
Autor: Antônio Martinelli
Direção: Quiercles Santana
Elenco: Edjalma Freitas
Cenografia e figurino: Luciano Pontes
Iluminação: Luciana Raposo
Trilha sonora: Henrique Huff e Tarcísio Resende
Provocação corpo/voz: Henrique Ponzi
Vídeo (computação gráfica): Pingo
Designer gráfico: Hana Luzia
Fotografia: Rogério Alves
Produção: Cia do Ator Nu
Duração: 50 min
Indicação etária: 16 anos
[ENTRADA R$ 20]
[MEIA-ENTRADA R$ 10]
BANDO: DANÇA QUE NINGUÉM QUER VER, Gira Dança (RN)
20 abril, Teatro Apolo, 20h30
Em Bando – Dança que Ninguém Quer Ver, a Cia. Gira Dança expõe situações que o grupo vive ou vivenciou em seus mais de dezessete anos de existência. Entre elas está a invisibilidade dos corpos de seus bailarinos, tidos como diferentes daqueles geralmente vistos em obras de arte. A ideia de bando, algo central no trabalho, reflete a persistência do Giradança, que encontrou no formato coletivo a possibilidade de “carnificar” questões que assolam a companhia. Dezessete anos se passaram e as fissuras dessa linha são marcadas, sobretudo, por atitudes persistentes. Atitudes estas, que os fazem existir enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.
Direção Coreográfica e artística - Alexandre Américo
Bailarinos- Álvaro Dantas, Jânia Santos, Joselma Soares, Marconi Araújo, Wilson Macário, Samuel Oliveira e Ana Vieira.
Artista residentes para criação (2015) - Leandro Berton(SP), Edu O. (BA), Mathieu Duvignaud (FR) e Marcos Bragato(SP)
Trilha sonora - Toni Gregório
Design de luz - Camila Tiago
Operação de luz - Camila Tiago/David Costa
Figurino - Yago
Criação cenográfica - Mathieu Duvignaud
Produção Executiva - Celso Filho
Direção Financeira - Cecília Amara
Direção Administrativa - Roberto Morais
Duração: 55 min
Indicação etária: 12 anos
[GRATUITO]
ESSA MENINA, Teatro de Fronteira e Coletivo Lugar Comum (PE) [abertura de processo]
21 abril, Memorial de Medicina e Cultura da UFPE, 18h [espetáculo acessível em libras]
Primeiro episódio da palestra-performance-novela. Cinco décadas de futuro, passado e presente, em que se cruzam a memória pessoal da performer, e narrativas do feminismo latino-americano. Aos nove anos, Roberta escreve o melodrama “Essa Menina”, potente lembrança de sua infância cercada por mulheres-artistas e pelo imaginário novelesco e midiático da cultura brasileira de seu tempo. Cenas de abuso, machismo e silenciamento antecipam a dramaturgia de toda uma vida, em que buscamos ecos coletivos. Performances expandidas de mulheres atravessam o corpo “dessa menina” que sofre danças e ausências, mas afirma corporeidades insurgentes no presente.
Realização: Coletivo Lugar Comum, Departamento de Artes da UFPE e Teatro de Fronteira.
Produção geral: Roberta Ramos e Rodrigo Dourado
Performer: Roberta Ramos
Diretor geral: Rodrigo Dourado
Figurinista e designer: Júlia Gusmão
Acordeon: Ana Maria Ramos
Preparação corporal na técnica do tango: Cláudio Sobral
Concepção e operação de luz: Luciana Raposo
Fotografia, edição e operação de áudio: Ricardo Maciel
Captura e tratamento de imagens: Jonas Alves
Gravação de áudios da peça Essa Menina: Ana Maria Ramos e Roberta Ramos
Apoio de Produção: André Padilha
Apoio: Diretoria de Cultura da UFPE-Proexc, Memorial da Medicina e Cultura da UFPE.
Duração: 50 min
Indicação etária: Livre
[ENTRADA R$ 20]
[MEIA-ENTRADA R$ 10]
FUCK HER, Ludmilla Ramalho (MG)
21 abril, Espaço Cênicas, 19h
Fuck her, em tradução livre, signifca “foda-a” ou “coma ela”, expressão de conotação sexual com aspecto de violência. A fúria do termo inglês, no entanto, é desarticulada pelo jogo com o termo “pinto” que designa, em português, tanto o falo masculino quanto o singelo filhote da galinha, que descobrimos ser o verdadeiro agente do consumo do corpo feminino.
Idealização e performer: Ludmilla Ramalho
Duração: 40 min
Indicação etária: Livre
[GRATUITO]
NARRATIVAS ENCONTRADAS NUMA GARRAFA PET NA BEIRA DA MARÉ, Grupo São Gens de Teatro (PE)
21 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 20h30 [espetáculo acessível em libras]
Uma dramaturgia criada a partir da vivência do dramaturgo na comunidade ribeirinha da Ponte do Pina - Recife/PE, onde o autor e sua família encontram a subsistência de sua rede familiar através da pesca artesanal de Marisco e Sururu. O espetáculo traz à cena o universo do mangue, das palafitas, da maré e a diversidade dos sujeitos e suas narrativas, discutindo temas como: homofobia, estupro, assédio, machismo, violência policial, racismo e vulnerabilidade social. Deste modo, o espetáculo coloca em evidência o espaço urbano da cidade do Recife e sua relação com as margens, e visa discutir os problemas inerentes ao fluxo contínuo de uma favela, revelando suas poeticidades e mazelas cotidianas.
Direção e dramaturgia: Anderson Leite
Figurino: André Lourenço
Iluminação e cenografia: Anderson Leite
Sonoplastia: Arnaldo do Monte
Elenco: Anderson Leite, André Lourenço, Cristiano Primo, Fagner Fênix, HBlynda
Morais e Monique Sampaio
Duração: 60 minutos
Indicação etária: 16 anos
[GRATUITO]
re_LUZIR, Marconi Bispo (PE) [estreia]
22 abril, Teatro Marco Camarotti, 19h [espetáculo acessível em libras]
De outubro de 2016 a março de 2020, Marconi Bispo protagonizou o espetáculo autobiográfico Luzir é Negro!. Foram trinta e nove sessões e na última praticamente saiu de cena para o isolamento que a covid-19 nos obrigou. O re_Luzir é o esboço cênico da retomada do ator Marconi Bispo: re_ssurgência, re_fluxo, re_volução, re_nascimento, re_começo. Tudo está valendo para definir e direcionar uma existência negra num país onde células nazistas crescem exponencialmente.
Dramaturgia, Encenação e Produção Executiva: Marconi Bispo
Supervisão Dramatúrgica e Assistência de Direção: Henrique Fontes
Direção de Imagens: Lia Letícia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Música: Miguel Mendes e Marconi Bispo
Crédito das Fotos: Felipe Peres Calheiros e Ilda de Sousa
Designer Gráfico: Marcelo do Ó
Duração: 60 minutos
Indicação etária: 14 anos
[ENTRADA R$ 20]
[MEIA-ENTRADA R$ 10]
TIJUANA, Lagartijas tiradas al sol (MX)
22 abril, Teatro Apolo, 20h30 [espetáculo acessível em libras]
O que significa democracia no México para milhões de pessoas que vivem com o salário mínimo? O que esperamos da democracia hoje? O que esperamos da política além da democracia? A economia condiciona a forma como experimentamos a política e as expectativas que temos.
Partindo dessa premissa, Tijuana encena a experiência de Lázaro Gabino Rodríguez, convertido por seis meses em Santiago Ramírez, morador de Tijuana (Baja California), sob condições específicas que o separaram de seu mundo habitual, do qual permaneceu incomunicável. ao salário mínimo em uma fábrica da Zona. A encenação busca narrar essa experiência e explorar as possibilidades de representação. Ser outra pessoa, tentar viver a vida de outra pessoa. Personificar outra pessoa. Isso não é atuar?
Um projeto de Lázaro Gabino Rodríguez
Baseado em textos e ideias de Andrés Solano, Arnoldo Gálvez Suárez, Martín Caparrós e Günter Wallraff
Co-direção: Luisa Pardo
Iluminação: Sergio López Vigueras
Pintura de cenário: Pedro Pizarro
Design de som: Juan Leduc
Vídeo: Chantal Peñalosa e Carlos Gamboa
Colaboração artística: Francisco Barreiro.
Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)
Duração: 60 min
Indicação etária: 16 anos
[GRATUITO]
RECEITA PARA SE FAZER UM MONSTRO, Reduto CenaLab (PE)
22 abril, Galpão das Artes, 19h30 [descentralização - limoeiro]
Um homem convida você para um reencontro. Para uma reunião. Uma revisita. Uma cerimônia, uma demonstração ou tentativa de algo. Ele convida você para este momento, e conta muito com sua presença - mas no fundo, não acredita muito que você vá. Pronto para dividir suas memórias que permanecem espalhadas em sua casa, este homem tenta organizá-las para compartilhar com você, o caminho que o fez chegar até aqui.
Direção: André Chaves
Atuação: Igor Lopes
Texto original: Mário Rodrigues
Dramaturgia: André Chaves e Igor Lopes
Duração: 50 min
Indicação etária: 16 anos
[GRATUITO]
MEIA NOITE, Orun Santana (PE)
23 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 18h
Corpo, ancestralidade, afeto e memória. Em Meia Noite o público se conecta com a história de Orun Santana e seu mestre e pai. A obra revela ainda princípios motores e imagéticos do corpo do brincante, dançador, fruto de uma relação com o Daruê Malungo, seu espaço de trocas e vivência fonte em atrito com as relações de poder e dominação do corpo negro na contemporaneidade.
Intérprete-criador e diretor: Orun Santana
Consultoria artística: Gabriela Santana
Trilha Sonora: Vitor Maia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Cenografia e figurino: Victor Lima
Produção: Danilo Carias | Criativo Soluções
Duração: 60 min
Indicação etária: Livre
[ENTRADA R$ 20]
[MEIA-ENTRADA R$ 10]
VERA CRUZ NOS ESTAMOS DEFORESTANDO O CÓMO EXTRAÑAR XALAPA, Lagartijas tiradas al sol (MX)
23 abril, Teatro Apolo, 19h30 [espetáculo acessível em libras]
VERACRUZ nos estamos deforestando o cómo extrañar Xalapa é uma conferência performativa que expõe a relação de Luisa Pardo com o lugar onde cresceu, um paraíso tropical onde nasceram suas bisavós, seus avós e seu pai. Esta peça relata a política, a liberdade de expressão e a violência neste estado, tomando como eixo o assassinato de Nadia Vera e Rubén Espinosa, na Cidade do México, e várias vozes de Veracruz que geram um mapa, um panorama mais amplo do que está acontecendo em neste lugar. Veracruz contém em seus territórios a rota que Cortés começou a conquistar México-Tenochtitlán. Veracruz é uma estreita faixa de terra com litoral e montanhas, muita pobreza e violência, assassinatos, desaparecimentos e silêncio.
Criação: Luisa Pardo
Colaboração artística: Lázaro Gabino Rodríguez
Projeto de iluminação: Sergio López Vigueras
Agradecimentos: Shantí Vera, Carlos López Tavera, Jerónimo Rosales, Josué, Amanda, Julián Equihua, Quetzali Macías Ascencio, Georgina Macías, Cuauhtémoc Cuaquehua Calixto, Luis Emilio Gomagú.
Este projeto faz parte de “Democracia no México (1965–2015)
Duração: 60 min
Indicação etária: 16 anos
[GRATUITO]
AINDA ESCREVO PARA ELAS, Natali Assunção, Analice Croccia e Hilda Torres (PE)
23 abril, Galpão das Artes, 19h30 [descentralização - Limoeiro]
É sobre liberdade e aprisionamento. É sobre escuta e fala. Partindo de 11 relatos de mulheres de realidades sócio-econômica-culturais diferentes, o monólogo documental Ainda escrevo para elas nos convida a um mergulho em narrativas sobre liberdade e aprisionamento no cotidiano das mulheres.
Idealização, realização, dramaturgia e elenco: Natali Assunção
Direção, direção de arte e operação de som: Analice Croccia
Direção: Hilda Torres
Criação de luz: Natalie Revorêdo
Assistente de criação de luz e técnico de luz: Domingos Júnior
Preparação corporal: Gabriela Holanda
Figurino: Orlando Neto
Produção: Memória em chamas
Duração: 60 minutos
Classificação etária: 16 anos
[GRATUITO]
GRAND FINALE, AS 10 GRAÇAS (CE)
23 abril, Coletivo Caverna, 16h [descentralização - olinda]
24 abril, Recife Antigo, 16h
Das lonas de circo ao sistema público de saúde. Dos semáforos às catracas de ônibus. Do ingresso comprado à fatura vencida. Não PERDA! Pela primeira e última vez o sensacional enforcamento do trabalhador da cultura em praça pública. Traga toda a família para prestigiar o GRAND FINALE.
Direção: As 10 Graças
Atuação: David Santos e Igor Cândido
Sonoplastia: Alysson Lemos/Lissa Cavalcante
Produção: Alysson Lemos
Duração: 45 min
Indicação etária: Livre
[GRATUITO]
SOLO FÉRTIL, Coletiva Semente de Teatro (PE)
24 abril, Teatro Marco Camarotti, 18h
O monólogo traz os ecos das vozes da terra, desse colo farto onde está plantado nosso passado, presente e de onde virá nosso futuro. É sobre nos relembrar que tão quanto plantar é importante cultivar, nutrir, cuidar. É também sobre a consciência de que não estamos sozinhos, que somos uno, húmus, humano, histórias, medos e sonhos. Juntos.
Direção e dramaturgista: Quiercles Santana
Atriz, dramaturgista e autora: Ludmila Pessoa
Dramaturgista: Malu Vieira
Iluminação: Natalie Revorêdo
Direção de arte: Analice Croccia
Músico: Hercinho
Produção: Natali Assunção
Fotografias: Rogerio Alves
Realização: Coletiva Semente de Teatro
Duração: 40 minutos
Classificação etária:
LADO B
[ENTRADA R$ 20]
[MEIA-ENTRADA R$ 10]
ALTAMIRA 2042, Gabriela Carneiro da Cunha
26 abril, Teatro Marco Camarotti, 18h [espetáculo acessível em libras] e 20h30
Altamira 2042 é uma instauração performativa criada a partir do testemunho do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Aqui todos falam através de um mesmo dispositivo techno-xamânico: caixas de som e pen drives. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas tomam o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar. Assim a Barragem de Belo Monte vai deixando de ser simplesmente uma obra para se tornar o mito do inimigo.
Idealização e concepção: Gabriela Carneiro da Cunha
Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu
Diretor Assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong
Orientação de direção: Cibele Forjaz
Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral
Texto originário: Eliane Brum
“Trematurgia”: Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Povos indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurino: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha
Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Tecnologia, programação e automação: Bruno Carneiro e Computadores fazem arte.
Criação multimídia: Rafael Frazão e Bruno Carneiro
Design visual: Rodrigo Barja
Trabalho corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz
Pesquisa: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara
Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha
Diretora de produção: Gabriela Gonçalves
Co-produção: Corpo Rastreado e MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Realização: Corpo Rastreado e Aruac Filmes
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
[GRATUITO]
KALASH, Coletivo Resiste (PE)
26 abril, Teatro Hermilo Borba Filho, 19h [espetáculo acessível em libras]
Ensaio crítico e iconográfico sobre os dias que vivemos. É sobre autoritarismo, negacionismo, extremismo religioso, ódio, assassinato em massa e as diversas formas de apagamento, de aniquilamento e de silenciamento das vozes divergentes. A que futuro a falta de diálogo e empatia podem nos levar? Nós não respondemos. Nós perguntamos.
Dramaturgia e Direção: Quiercles Santana
Atores- Pesquisadores: Bruna Luiza Barros, Sandra Rino e Tatto Medinni
Produção Executiva: Carla Navarro
Iluminação: Luciana Raposo
Preparação Corporal: Tatto Medinni
Direção Musical: Kleber Santana
Coreografias: Sandra Rino
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