Racismo

'Tudo leva a crer que tem um caso de racismo aí', diz advogado do filho de Mussum

Rapaz, que é dentista, contou ter sido impedido por seguranças de shopping de deixar estacionamento com sua moto

Igor Palhano, filho de Mussum, acusa seguranças de shopping de racismoIgor Palhano, filho de Mussum, acusa seguranças de shopping de racismo - Foto: Instagram/Reprodução

Filho do humorista Mussum, o dentista Igor Palhano, de 30 anos, acompanhado de seu advogado Gustavo Proença, vão comparecer no começo da tarde desta sexta-feira, à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro, para  oficializar o registro de denúncia de racismo do qual o rapaz diz ter sido vítima dentro de um shopping da Zona Oeste.

Nesta quinta-feira (3), ele recorreu às redes sociais para relatar que tinha sido impedido por seguranças do ParkJacarepaguá de deixar o estacionamento com sua moto e que os funcionários exigiram que ele apresentasse documento do veículo e sua habilitação para deixar o local. Para o dentista e seu advogado foi mais um caso de racismo.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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"Pela história dele tudo leva a crer que tem um caso racismo aí. Mas eu preciso confirmar os detalhes, pois o que recebi até agora foi uma versão curta, pois a gente se falou rapidamente. Preciso de mais detalhes até para saber como melhor enquadrar o caso. É racismo, mas se enquadra onde, qual crime e qual tipo. Crime de racismo é muito amplo. Existem vários sub tipos penais em que a prática pode ser enquadrada. Ainda vou ouvir a história com detalhes para saber onde e como  enquadrar esse caso que aconteceu com ele",   ponderou o advogado que assumiu o caso ontem, à noite, e antes de comparecer à delegacia vai ter uma conversa mais detalhada com seu cliente.   
 

                                                                              

Gustavo Proença adiantou que o registro de ocorrência na delegacia é apenas o primeiro passo. Ele ainda estuda outras medidas, mas prefere primeiro se inteirar melhor dos fatos. O advogado disse que o shopping tentou entrar em contato com o seu cliente, mas ele o orientou aguardar primeiro a sua defesa tomar ciência de tudo que aconteceu antes de qualquer conversa.

"É absolutamente constrangedor ter de provar que a moto é dele. Infelizmente, essa é a realidade da população negra", afirmou o advogado, que também é negro.

Igor relatou que noite de quarta-feira foi impedido por seguranças do shopping de deixar o shopping com sua moto, uma CBR vermelha. Na saída do estacionamento, afirma, um segurança não quis abrir a cancela para ele e, após se comunicar com colegas, o funcionário pediu ao cliente que apresentasse documento da moto e habilitação. Mesmo estranhando a situação, o dentista mostrou a documentação, mas não foi liberado. A única justificativa dada a ele foi que o procedimento era "por questões de segurança". Até a manhã desta sexta-feira seu relato  no Instagram já tinha mais de 360 comentários, a maioria de apoio..

Em nota, o  ParkJacarepaguá divulgou que apura o caso internamente. "A empresa esclarece ainda que repudia qualquer tipo de discriminação", informou.

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