Tupac Shakur: momentos finais do rapper são divulgados em fotos e vídeos inéditos
Investigadores revelaram que várias imagens, incluindo do cadáver do artista, foram mostradas aos membros do júri de acusação
Os momentos finais da vida do rapper Tupac Shakur foram revelados por investigadores após o suspeito de assassinar o cantor ter sido preso. Duane 'Keffe D' Davis, de 60 anos, teria matado o artista a tiros em 1996. Ele foi detido nos Estados Unidos na última sexta-feira (29), e é acusado de homicídio com arma mortal com agravante de gangue.
Na noite de 7 de setembro de 1996, Tupac e Marion 'Suge' Knight, fundador da Death Row Records, estavam em Las Vegas para assistir a uma luta de peso pesado de Mike Tyson. Na saída, eles se envolveram em uma briga com Davis e seu sobrinho, Orlando 'Baby Lane' Anderson, com quem o rapper havia tido desentendimentos anteriormente.
Mais tarde naquela noite, Tupac estava sentado em um BMW que Knight dirigia quando um Cadillac parou ao lado deles e tiros foram disparados. O artista foi baleado várias vezes e morreu uma semana depois, aos 25 anos. Na segunda, os investigadores revelaram que várias imagens, incluindo do cadáver de Tupac, foram mostradas aos membros do júri. Alguns dos registros foram divulgados pela “8 News Now”.
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A acusação ainda assistiu a entrevistas em que Davis discutia o assassinato. O suspeito fará sua primeira aparição em tribunal nesta quarta-feira (04). Ele já era conhecido como um dos quatro suspeitos identificados no início da investigação, e não é acusado de disparar os tiros. Foi descrito, porém, como o líder do grupo.
Também na segunda-feira, Marion 'Suge' Knight, que dirigia o carro em que Tupac estava no momento do tiroteio e era CEO da gravadora Death Row Records, disse ao TMZ que não irá cooperar com a polícia nem testemunhará no julgamento de Davis. Ele afirmou não acreditar na narrativa de que Davis ou seu sobrinho, Orlando Anderson, são culpados. Knight está cumprindo 28 anos por homicídio culposo.
'Ele se incriminou'
A investigação que resultou na prisão de Davis começou com uma outra sobre o assassinato do rival de longa data de Tupac, Biggie Smalls, também conhecido como Christopher Wallace, em março de 1997. O detetive aposentado Greg Kading foi designado para acompanhar o caso e, em 2009, entrevistou Davis como pessoa de interesse no caso, já que ele estava na mesma festa em que Wallace, antes de ser baleado.
— Ele confessa seu envolvimento no caso de Tupac Shakur, dá todos os detalhes de como ele e seus cúmplices mataram Tupac — lembrou Kading em entrevista à Associated Press na última sexta-feira (29). Davis tinha imunidade pelo que disse durante entrevista à polícia, mas não pelo que afirmou fora dela. Ainda assim, ele divulgou muitos dos mesmos detalhes em documentários, podcasts e em seu livro.
De acordo com Kading, Davis “basicamente se incriminou”. Em Nevada, um réu pode ser acusado de um crime, incluindo assassinato, se ajudar alguém a cometê-lo. O júri de acusação também votou a favor de acrescentar um agravante de pena à acusação de assassinato por atividade de gangue, que pode adicionar até 20 anos se for condenado.