Uma centena de composições depois, artista recifense estreia com EP nas plataformas de música
Ana Maria Melo com o seu "Arremate", é o mais novo nome da música pop pernambucana
O "ficar à vontade" veio tão logo foi iniciado o papo sobre música, e mais especificamente quando a contagem de mais de uma centena de composições assinadas - e até então guardadas - veio à tona.
Desde os dez anos de idade, a recifense Ana Maria Melo já se enxergava como compositora, mas como artista de palco, cantando letras quase literalmente descritivas de si mesma, ela fez estreia recente durante uma apresentação, em princípio despretensiosa, mas que culminou em aclamação do público e pedidos reiterados de retorno.
A partir de então, aos 33 anos, o entendimento de que compor e cantar era possível, a trouxe para o universo musical, efetivamente iniciado com o lançamento nas plataformas digitais do EP "Arremate" - trabalho composto por leveza predominantemente pop em cinco faixas, encabeçado pela música de trabalho "Plano B".
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"A música sempre esteve presente em minha vida toda, mas nunca trabalhei profissionalmente. Sempre me considerei compositora, e só me vi como cantora quando fui provocada para gravar", contou Ana Maria, em bate-papo à Rádio Folha e à Folha de Pernambuco.
Em meio a elementos que combinam sonoridades diversas, o disco traz um pouco das muitas inspirações da Música Popular Brasileira que cerca a cantora recifense, entre elas a dupla Anavitória e a banda mineira Lagum.
"Passei por um período de crescimento e amadurecimento pessoal, com músicas que me acompanharam", confessa ela, que até o lançamento de "Arremate" lá se foram longos três anos de trabalho, incluindo neste ínterim a escolha das cinco faixas que iriam compor o trabalho. São elas: "Plano B", "Clara", "Carnaval", "48" e "Encontro" - todas autorais.
"Fomos para um sítio em Bonito. A ideia era isolar-se para fazer a guitarra e o violão. Gravamos tudo lá. Baixo e bateria fizemos no Estúdios Fábrica", contou ela, que deu voz às próprias composições após pressão e insistências de amigos e de toda uma equipe técnica que a acompanhava.
"Miguel praticamente me empurrou para dentro do estúdio, porque faltava a voz", destacou Ana, em menção ao baixista e produtor Miguel Guerra.
Além de Guerra, Renar Pires, Matheus Carvalho, Cauê Moura de Castro, Paulo Umbelino, João Figueiroa, Caio Tenório e Henrique Guedes Valois integraram a equipe (técnica e instrumental) do EP de estreia de Ana Maria Melo, outrora compositora e, desde então, intérprete de si mesma nos palcos.
Serviço
Lançamento do EP "Arremate", de Ana Maria Melo
Onde: Plataformas Digitais de Música