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Animação

'Umbrella': curta brasileiro que tenta vaga no Oscar fala sobre empatia

Dirigido por Helena Hilario e Mario Pece, filme ficará disponível no YouTube a partir desta quinta-feira

"Umbrella", curta-metragem de animação brasileiro, tenta vaga no Oscar"Umbrella", curta-metragem de animação brasileiro, tenta vaga no Oscar - Foto: Divulgação

O curta-metragem de animação “Umbrella”, de Helena Hilario e Mario Pece, pode estar entre os indicados ao Oscar 2021. O filme passou por um circuito de festivais que o qualificam para a disputa e, se for aprovado, será a primeira produção nacional do gênero no prêmio.

No momento, o curta está sendo avaliado pelos membros da Academia. Os títulos pré-selecionados devem ser divulgados em fevereiro e, em março, sai a lista com os cinco finalistas. “Agora estamos na expectativa, torcendo para que o filme tenha uma boa recepção e que os avaliadores entendam a mensagem de empatia, amor e esperança que queremos passar através dele”, afirma Helena Hilario, que assina sua primeira direção.

“Umbrella” teve sua estreia em 2019 e, desde então, passou por 19 festivais, como Tribeca, Cinequest, Chicago International Film Festival e outros. Desta quinta-feira (7) até 21 de janeiro, o público terá a oportunidade de conferir o curta gratuitamente através da página no YouTube do Stratostorm, estúdio que assina a obra. 

A produção acompanha a visita de uma garota e sua mãe a um orfanato. Enquanto todas as crianças se divertem com os brinquedos doados, o pequeno Joseph acaba se apegando a um guarda-chuva amarelo. O simples objeto traz à tona o passado do menino, ressuscitando lembranças dolorosas. 

Escrito pelo casal Helena e Mario em 2011, o roteiro foi inspirado em uma situação real vivida pela irmã da diretora em um abrigo para crianças no Paraná. O relato emocionou a cineasta que decidiu adaptá-lo para uma animação. “Essa história mexeu muito comigo e me despertou para a importância de olhar mais para o próximo e se colocar no lugar dele. É sobre esses sentimentos que o filme fala”, conta. 

Todo o filme foi produzido ao longo de 20 meses por uma equipe 100% brasileira, embora a Stratostorm também tenha sede em Los Angeles, nos Estados Unidos. Os diretores, no entanto, quiseram criar uma narrativa universal. Por isso, não há diálogos ao longo do filme e o único som é o da trilha sonora que o embala. No roteiro, o menino protagonista é retratado como um refugiado tentando sobreviver fora de seu país de origem. 

“A questão dos refugiados é um problema social no mundo inteiro. Nos últimos anos, várias nações vêm recebendo pessoas fugindo de outros países. Essa se tornou uma realidade fácil de identificar, o que torna a conexão emocional com a história ainda mais forte”, aponta.  

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