Vaquinha virtual busca apoio ao percussionista Airto Moreira, debilitado por uma pneumonia
Artista catarinense é considerado por muitos como o 'pai da percussão moderna'
Considerado um dos maiores instrumentistas do mundo, o baterista, percussionista e compositor catarinense Airto Moreira, de 80 anos, foi diagnosticado recentemente com uma pneumonia forte, que o colocou em risco e deixou sequelas motoras. Diante dos altos custos para cuidar de sua saúde, foi iniciada uma campanha de financiamento coletivo para apoiar o artista.
“Hoje ele necessita de fisioterapia, fonoaudiologia e tratamentos especiais. Nosso objetivo aqui é arrecadar uma quantia suficiente pra que ele possa atravessar esse momento delicado com serenidade, conforto, dignidade e todos os cuidados necessários”, destaca o texto da campanha presente no site Vakinha.com.br.
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A vaquinha virtual busca arrecadas R$ 120 mil e foi compartilhada por amigos de Airto nas redes sociais, como os músicos Zé Renato e Duda Neves. Até o momento, foram arrecadados pouco mais de R$ 13 mil.
Airto Moreira é considerado por muitos como o “pai da percussão moderna”. Ele esteve presente em momentos decisivos da história da música: com o Quarteto Novo em 1967, quando Edu Lobo e Marília Medalha ganharam o Festival da Música Brasileira com “Ponteio”; com Miles Davis em 1970 quando o trompetista inventou o fusion com o disco “Bitches brew”; com a mulher, Flora Purim, o pianista Chick Corea e o baixista Stanley Clarke em 1972 na criação do supergrupo de jazz Return to Forever.
Em outubro do ano passado, lançou, pelo selo Ars Magna, o álbum “Eu canto assim”, no qual solta a voz em clássicos da MPB como “Canção dos olhos tristes” (Tito Madi), “A noite do meu bem” (Dolores Duran), “As praias desertas” (Tom Jobim), “Ilusão à toa” (Johnny Alf) e “Canção que morre no ar” (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli). No disco, Airto também toca bateria e percussão, acompanhado por Davi Sartori (piano) e Thiago Duarte (contrabaixo), com direção musical de Flora.