Vestida de verde e amarelo, Mariah Carey enfileira hits e solta trinados em último show do Sunset
Cantora fechou as apresentações no Palco Sunset no Rock in Rio 2024
Uma nervosa saraivada de leques marcou o ritmo da ansiedade pelo começo do show da diva Mariah Carey no palco Sunset. E quando ela entrou no palco, num vestido com a bandeira brasileira estampada, a reação foi de larga gritaria. "Obsessed" e "Heartbreaker" instauraram o clima dançante, amenizado em parte por "Touch my body". Hits, ao certo, mas o que parecia mais importar era que Mariah estava lá, de viva-voz, prestes a soltar seus trinados, e com uma nação inteira para cantar com ela o que quer que fosse.
A dobradinha de baladas "Can't let go" e "I'll be there" (hit do jovem Michael Jackson) abriu o caminho para Mariah mexer com o coração da plateia — e presenteá-la com o primeiro agudo arrepiante. Com "Always be my baby", ela criou uma espécie de conforto espiritual necessário antes da sofrência terminal de "My all", num clima que ela quebrou sem a menor cerimônia ao emendar na festeira "Emotion", na qual deu mais alguns agudos arrepiantes.
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Em "Dreamlover" e "Hero", Mariah cumpriu bem, com voz inteira, o percurso pelos seus clássicos e se permitiu um interlúdio house music com seus dançarinos, após o qual voltou com vestido e bom rosa para a festinha de "Fantasy", seguida por "It's like that", "Say something" e da neosoul "Shake It off", todas da fase "The celebration of Mimi".
Mariah seguiu no neosoul até uma interrupção abrupta em que o público ficou se perguntando se o show tinha acabado o não. Mas não. Alguns instantes e ela voltou com "I wanna know what love is", a canção das mãozinhas para o alto e os agudos arrepiantes finais - hora de a diva se despedir dos cariocas.
Num espetáculo elegante e acolhedor, em que passeou por vários estilos da música negra americana sem jamais se aprofundar em qualquer um deles, Mariah Carey foi simplesmente Mariah: a cantora que muitas querem ser e nem chegam perto.