Wesley Safadão tem jatinho de luxo apreendido pela Justiça; aeronave vale R$ 37 milhões
Bloqueio de veículo acontece em decorrência de ação movida por um grupo de investidores lesados por empresário conhecido como Sheik dos Bitcoins
Wesley Safadão teve um jatinho de luxo, avaliado em R$ 37 milhões, apreendido pela Justiça, na noite da última quinta-feira (22). O bloqueio da aeronave acontece em decorrência de uma ação movida por um grupo de investidores lesados pelo empresário Francesley da Silva, conhecido como Sheik dos Bitcoins, para ressarcimento das dívidas. O cantor alega que é vítima de um golpe, e diz que foi surpreendido com a decisão — em nota à imprensa, o artista explica que o veículo foi dado como garantia de que ele teria de volta o valor investido pela empresa.
Leia também
• Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto lançam "Valencianas II", no Youtube
• Elenco se despede da novela "Todas as flores", em último dia de gravação: "Alegria total"
• Confira os atores e atrizes convidados para a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém 2023
À época da solicitação de aresto — um tipo de bloqueio preventivo de um bem para o pagamento de uma dívida —, a WS Shows, empresa que representa Wesley Safadão, recorreu e conseguiu uma decisão provisória para manter a posse e a operação do jatinho. Com a nova decisão, a aeronave ficou impossibilitada de ser usada.
Outros golpes
A modelo Sasha Meneghel, filha de Xuxa, e o marido, o cantor João Figueiredo, também foram vítimas do empresário neste ano. Foi num culto de uma igreja evangélica que o casal conheceu Francisley Valdevino da Silva, preso desde 3 de novembro pela Polícia Federal. De acordo com autoridades, ele é líder de uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 4 bilhões em fraudes no país, por meio de pirâmide financeira com comercialização de criptomoedas.
Francisley tinha portas abertas no círculo evangélico e, além de Sasha e João, teria feito diversas vítimas entre pastores e fiéis. O casal teria feito um aporte inicial de R$ 50 mil, num negócio para "aluguel de criptomoedas", e, posteriormente, mais dois contratos que somados totalizavam um investimento de R$ 1,2 milhão. Sem receber o retorno esperado, entraram com um processo de dano moral e material, por meio da 14ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, alegando fraude por parte da Rental Coins, empresa mantida pelo Sheik.
Em nota de esclarecimento, encaminhada ao GLOBO naquele período, Francisley Valdevino da Silva, também conhecido como Francis da Silva, disse que as empresas de seu grupo passavam por uma reestruturação, razão pela qual deixou de pagar os rendimentos mensais prometidos a seus investidores. A empresa não se manifestou, até o momento, sobre o caso envolvendo Wesley Safadão.
Francis da Silva é dono da Rental Coins, empresa aberta em janeiro de 2019 com a inusitada proposta de alugar criptomoedas dos investidores, prometendo no início pagar juros de 0,5% a 5% ao mês e devolver os ativos do cliente ao final de um ano de contrato. À medida que o dinheiro foi entrando, Francis fez dois movimentos: afiar a retórica cristã, mostrando-se um religioso praticante, e investir no estilo luxuoso, circulando em aviões e helicópteros privados e restaurantes caros, vestindo roupas de grife e mantendo uma espécie de ponte aérea Brasil-Emirados Árabes.