Música

De Gravatá para o Recife: cantor e compositor Marcos de Lima celebra carreira com novo clipe

"No Tempo Que Eu Era Menino" foi lançado recentemente no canal do artista gravataense no YouTube

Marcos de Lima, cantor e compositorMarcos de Lima, cantor e compositor - Foto: Marcos de Lima// Foto Arthur Mota

Alguns instantes sob o bucolismo da avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, e lá estava Marcos de Lima, 56, emendando versos e melodiando paisagens com a facilidade típica de quem vive de cantorias e de composições há pelo menos quatro décadas. 

Natural de Gravatá, Agreste do Estado, é pelas bandas da capital pernambucana que ele tem direcionado seus passeios musicais pelo xote, forró e baião, mas também pelo frevo e até pelo vanerão gaúcho.

Embora sua identidade artística seja marcada pelo clima regional de cantar, por exemplo, o saudosismo do clipe recentemente lançado “No Tempo Que Eu Era Menino” - canção que integra o disco "Pernambuco Arretado", trabalho de 2013 e que deu a ele o prêmio de melhor disco pela Associação dos Cantores e Intérpretes de Pernambuco (Acinpe), recebido no Teatro de Santa Isabel.

“Gosto de mistura de ritmos e de instrumentos que envolvem desde a guitarra elétrica até a sanfona. Sou cantor e compositor com identidade musical traçada desde os primeiros passos na década de 1980 e carrego inspirações locais como Nando Cordel, Petrúcio Amorim e Alceu Valença, além de Luiz Gonzaga”, contou Marcos.

Foi com uma média de dez composições compiladas em cassetes que ele deu o pontapé na carreira, ainda em Gravatá, quando distribuía entre os amigos o trabalho e, dessa forma, ganhava dimensão na cidade. 

“Lá sou conhecido pelo que canto e isso começou lá atrás, produzindo e fazendo circular as fitas cassetes entre amigos. Foram três anos trabalhando assim e foi dessa forma que me tornei conhecido”, relembra ele que teve seu primeiro trabalho registrado em LP, ainda nos idos anos de 1985 e que, somado a CD’s e um DVD de clipes, conta um pouco sobre os caminhos percorridos na música.

“Ai ai ai ai que coisa boa é ser gravataense, ai ai ai ai ser gravataense é bom demais”, enfatiza Marcos, cantarolando uma das tantas músicas de seu repertório, “Gravatá, Meu Xodó”, sucesso estourado na cidade onde nasceu. “Cheguei a ser homenageado no São João de minha terra, em 2010”, rememora o artista que tem no currículo parcerias com nomes como o de Cezinha e Genaro e, em meio a pandemia e o isolamento social, seguiu por onde as inspirações lhe levavam. 

“Compus um frevo, que ainda falta entrar em estúdio e quando tivermos Carnaval ele vai ser ouvido por aqui. Tenho também dois discos prontos para gravação, ambos com músicas inéditas, um dele inclusive específico em que falo de Gravatá. No outro exalto Olinda e me remeto também ao Recife”, completa Marcos, guiado que é pelas belezas da cidade onde nasceu, assim como pela cidade que o acolheu  há pouco mais de duas décadas. 

 

Marcos de Lima, cantor e compositorMarcos de Lima, cantor e compositor               Crédito: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

“Amor Planetário” (1989), “Flor do Verão” (1991) e “Mel de Abelha” (1992) integram o rol do cancioneiro conhecido de Marcos de Lima, além do frevo “Pirata Legal”, feito para a Folia de Momo de 2020 e gravada no Bairro do Recife. 

Recentemente, além do clipe “No Tempo Que Eu Era Menino” ele também empreendeu em live fomentada pela Lei Aldir Blanc. “Meu sonho é ver o povo cantando minhas músicas. Essa é a maior realização do artista e é nisso que foco”, concluiu o artista da música gravataense e atualmente de terras recifenses.

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