Zezé Di Camargo será pai aos 61 anos: conheça a FIV, técnica feita pelo casal
Como é vasectomizado, o artista revelou no ano passado que ele e a mulher já tentavam, havia meses, gerar uma criança
O cantor Zezé Di Camargo anunciou nesta quinta-feira que a noiva, Graciele Lacerda, está grávida do primeiro filho do casal. Como é vasectomizado, o artista revelou no ano passado que ele e a mulher já tentavam, havia meses, gerar uma criança por meio de uma Fertilização In Vitro (FIV). As tentativas não haviam dado certo até recentemente.
Graciele, de 43 anos, afirmou ter iniciado o processo para engravidar aos 39. O casal chegou a interromper as tentativas de engravidar via FIV em 2023. Ficaram um ano sem novas investidas, mas depois decidiram retomar a implantação dos embriões já congelados.
Na Fertilização In Vitro (FIV), o esperma usado para fertilização pode ser de doador conhecido ou anônimo. Os embriões podem ser transferidos para a mulher cujos óvulos foram utilizados para fertilização ou para a parceira (FIV recíproca).
Leia também
• Quem é Graciele Lacerda, mulher de Zezé di Camargo
• Wanessa Camargo aproveita férias em fazenda do pai, com os filhos, após dar a adeus a ex-BBBs
• Rotavírus: veja os sintomas da doença que acometeu Wanessa Camargo
Em entrevista ao Correio Braziliense, Zezé Di Camargo explicou que o sêmen era usado para fecundar os óvulos retirados de sua mulher e formar embriões, que posteriormente seriam implantados no útero de Graciele.
Ele reconheceu que, com esta técnica, era difícil o embrião sobreviver, mas confiava que daria certo.
Procedimento em 4 etapas
O procedimento não é simples e pode levar tempo até chegar à fase final. A primeira fase consiste na realização de exames. Antes do tratamento, em que é realizado um plano imunológico, metabólico e hormonal. Além de exames de secreção vaginal e avaliação da flora vaginal, também é verificado se há alguma infecção sexualmente transmissível.
Se os exames forem bem-sucedidos, é iniciada a segunda fase: a medicação hormonal. Os medicamentos estimulam o crescimento de folículos e a liberação de até dez óvulos de uma vez, o que aumenta as chances de fecundação. As medicações podem gerar efeitos colaterais, como dor de cabeça, desconforto abdominal e mudanças de apetite ou humor. Casos graves, como trombose, sangramentos e infecções são raros, mas podem acontecer.
Na terceira fase do procedimento, as células reprodutivas são recolhidas e fecundadas em laboratório com o sêmen do homem. Os embriões ficam cerca de 14 dias in vitro, até serem congelados. É neste momento que casais que querem preservar embriões saudáveis para o futuro pausam o processo.
Por fim, na menstruação seguinte, os óvulos são descongelados e implantados no útero nos dias mais férteis da menstruação, entre o 17º e 20º dia do ciclo. A recomendação é que o álcool seja evitado, assim como atividades de grande impacto e o consumo de ultraprocessados.
A taxa de sucesso pode variar de 60% em mulheres até 35 anos até 10% por volta dos 43 anos e, caso a primeira tentativa não seja bem-sucedida, o processo pode ser repetido.
De acordo com o Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), a produção de embriões humanos no país cresce a cada ano. Atualmente, 284.232 embriões estão congelados, cujos 12 foram doados para pesquisa.
Em 2022, a produção aumentou 3,02% e chegou a 43.708 células germinativas criadas nos 183 centros de reprodução humana assistida do Brasil. Foram realizados 36.474 ciclos, em que é realizado o estímulo ovariano e a retirada de oócitos para a reprodução humana assistida.
O custo da Fertilização in Vitro no Brasil pode começar em R$ 15 mil, enquanto, nos Estados Unidos, a estimativa é que os tratamentos iniciem na faixa dos R$ 50 mil.