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Tecnologia

Anatel divulga novo calendário de ativação do 5G; no Recife ativação deve ser até 27 de novembro

Serviço começa em Curitiba, Goiânia e Salvador na próxima semana. Em outras 15 capitais, prazo foi prorrogado por 60 dias e operadoras terão até 27 de novembro para implementar tecnologia

Rede 5GRede 5G - Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai liberar a ativação do sinal 5G puro (standalone) para as cidades do Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis e Palmas até, no máximo, 29 de setembro, afirmou nesta sexta-feira (12) Moisés Moreira, conselheiro da agência responsável pelo tema.

A tecnologia começará a operar a partir da próxima terça-feira (16) em Curitiba, Goiânia e Salvador, de acordo com a agência reguladora.

Com a a ativação do sinal nas três capitais na próxima semana, serão oito capitais do país a contar com a tecnologia até a próxima terça-feira. A primeira foi Brasília, no dia 6 de julho. Depois, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre em 29 de julho. Em 4 de agosto, foi a vez de São Paulo.

Já para as demais 15 capitais, o prazo máximo de ativação comercial será prorrogado em 60 dias, ou seja, até 27 de novembro, por uma questão de "cautela e prudência", de acordo com a Anatel (veja as datas abaixo).

Inicialmente, todas as capitais deveriam ter o 5G puro funcionando até 31 de julho. Entretanto, esse prazo já havia sido adiado pela Anatel para 29 de setembro. Com esse segundo adiamento, a previsão é que todas as capitais tenham o 5G funcionando até 27 de novembro.

A cidade do Rio ainda precisará passar por mais testes de convivência da transmissão de sinal 5G com serviços fixos de satélite para garantir que não haja interferência. A capital fluminense estava cotada para receber a tecnologia na versão “standalone”, o 5G “puro” na próxima semana, mas ficou para depois.

Segundo Moreira, o prazo terá que ser adiado em 15 capitais porque as operadoras ainda aguardam a chegada de equipamentos que precisam ser instalados para evitar que o sinal do 5G cause interferência em serviços profissionais de satélite.

Porém, nada impede que nessas capitais o sinal seja liberado antes de novembro, caso o trabalho de instalação de antenas e filtros avance.

A decisão de adiar o prazo máximo de entrada em operação do 5G foi tomada nesta sexta-feira em reunião do Gaispi, grupo criado pela Anatel para cuidar da implantação da internet 5G na faixa de 3,5 gigahertz, que oferece maior velocidade, estabilidade e menor tempo de latência (resposta).

Essa faixa, porém, também é usada por antenas parabólicas e serviços de satélite. Para evitar interferência, as antenas estão sendo trocadas e também estão sendo aplicados filtros em alguns casos. Esses equipamentos, porém, atrasaram, o que fez a implementação do 5G também atrasar.

Neste primeiro momento, o sinal do 5G chega às capitais do país restrito a alguns bairros, já que o edital do leilão determinou às operadoras a instalação de uma antena para cada 100 mil habitantes. O número vai crescendo conforme o passar dos anos.

Nada impede, porém, que as operadoras instalem mais antenas do que o mínimo exigido. Cabe à Anatel liberar a ativação do sinal do 5G. Com a autorização, as operadoras podem oferecer o serviço aos seus clientes.

Veja o novo calendário de ativação do 5G nas capitais:

16 de agosto

Curitiba (PR)

Goiânia (GO)

Salvador (BA)

 

Até 29 de setembro

Rio de Janeiro (RJ)

Vitória (ES)

Florianópolis (SC)

Palmas (TO)

 

Até 27 de novembro

Recife (PE)

Fortaleza (CE)

Natal (RN)

Aracaju (SE)

Maceió (AL)

Teresina (PI)

São Luís (MA)

Campo Grande (MS)

Cuiabá (MT)

Porto Velho (RO)

Rio Branco (AC)

Macapá (AP)

Boa Vista (RR)

Manaus (AM)

Belém (PA)

 

Como é o processo?

Para ativar o 5G, as operadoras precisam instalar as antenas compatíveis com a tecnologia e filtros para evitar interferências com outras faixas de frequência. Também precisam iniciar a distribuição de kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas à população de baixa renda, que tem direito ao serviço.

Após concluírem a instalação de antenas e filtros, as operadoras comunicam o Gaispi, grupo criado pela Anatel para tratar da implantação do 5G. Na sequência, são feitos testes e, se não for verificado problema, o sinal é liberado.

Pelo edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, todas as capitais do país devem contar com a tecnologia até o fim de setembro. Inicialmente, o prazo era até 31 de julho, mas, devido a dificuldades logísticas para importação de equipamentos, foi estendido em 60 dias.

Para ter acesso ao 5G, é preciso comprar um smartphone habilitado ao 5G. De acordo com a Anatel, já são 71 aparelhos celulares. Da lista, a Samsung tem 28 modelos, seguido de Motorola (14) e Apple (9).

A quinta geração permite velocidade até cem vezes maior que a atual rede 4G e vai impulsionar a implantação de objetos conectados nas indústrias e dar fôlego a carros conectados, por exemplo.

Nas demais cidades brasileiras, o símbolo 5G que aparece nos telefones não é o 5G puro. É uma espécie de 4G "fingindo ser 5G".

A previsão da Anatel é que até o fim de agosto todas as capitais já estejam com a nova rede liberada, exceto Manaus e Belém.

A nova frequência do 5G pode ter velocidade superior a 1 gigabit por segundo (Gbps). De acordo com a Anatel, há atualmente 81 modelos habilitados para o 5G. Mas só 59 desses smartphones estão aptos à rede pura (SA).

Mas em média, segundo as operadoras, a rede standalone vem registrando velocidade média de conexão entre 300 megabit por segundo (Mbps) e 400 Mbps.

Hoje, diversas cidades do Brasil contam com o 5G DSS, que usa frequência do 4G, e oferecem velocidade que oscila entre 40 Mbps e 60 Mbps. O 4G atual pode ter velocidade de 20 Mbps a 40 Mbps, mas os números podem variar a depender da cidade e da quantidade de pessoas conectadas ao mesmo tempo.

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