5G: Claro, TIM e Vivo levam a melhor faixa do leilão do 5G
As três maiores operadoras de telefonia do País vão ofertar tecnologia 5G para todas as capitais até próximo ano. Conexões vão ficar mais velozes
Claro, Vivo e TIM arremataram as principais faixas do leilão de 5G realizado ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O certame confirmou a expectativa de que as operadoras de grande porte ficariam com as frequências de 3,5 GHz (gigahertz), uma das melhores faixas de atuação do 5G com cobertura nacional. Essa faixa vai permitir velocidades de 20 até 100 vezes mais rápidas que as conexões 4G.
Até julho de 2022, o serviço de quinta geração deverá estar disponível em todas as capitais. Com a nova tecnologia será possível que serviços de internet tenham uma velocidade maior, que dispositivos e aparelhos possam se conectar mais rápido e facilmente entre si. Além disso, indústrias, comércios e o setor de tecnologia devem desenvolver recursos com base na tecnologia para que o consumidor tenha melhores serviços.
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A Claro arrematou o primeiro lote por R$ 338 milhões; enquanto a Vivo desembolsou a segunda fatia por R$ 420 milhões; e a TIM, venceu o terceiro lote por R$ 351 milhões. A frequência foi separada em quatro lotes, e um deles não recebeu proposta. Segundo a Anatel, 80% das frequências devem ser leiloadas, o que levaria a agência a realizar uma nova rodada de leilões com as sobras.
Demais frequências
Já na frequência de 700 megahertz (MHz), que permite a ampliação das redes de 4G, o primeiro lote foi arrematado pela Patria, que terá cobertura nacional e ofereceu um lance de R$ 1,4 bilhão, com ágio de 805,8%. Com isso, a empresa deverá levar o 4G para mais de 1.100 trechos de rodovias federais.
O leilão também apresentou a abertura de lotes regionais na faixa de 3,5 GHz. Na ocasião, a disputa foi para as regiões Nordeste e Sul. No Nordeste, a Brisanet venceu a disputa com lance de R$ 1,25 bilhão, ágio de 13.741,7%. A empresa vai poder oferecer o 5G em toda a região.
Já no Sul, a disputa foi entre o Consórcio 5G Sul (do qual faz parte a Copel e a Sercomtel, do empresário Nelson Tanure) e a Meganet. Após 15 lances, o Consórcio 5G Sul venceu com uma oferta de R$ 73,6 milhões, registrando ágio de 1.454,74%.
Além desses dois blocos, o leilão também apresentou um lote que abrange Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Esse bloco foi arrematado pela Cloud2U, que arrematou o grupo por R$ 405 milhões, ágio de 6.266%.
Investimentos obrigatórios
O leilão do 5G vai permitir que R$ 40 bilhões sejam investidos de forma obrigatória ao longo de 20 anos para massificar a cobertura 4G e reforçar a infraestrutura de conexão das cidades, sem contar recursos a serem destinados para a construção da rede 5G.
Segundo a advogada e presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Goiás, Renata Abalém, consumidores devem ficar atentos ao que for comercializado como 5G, já que a tecnologia ainda não está em vigor.“As operadoras já entregaram suas propostas para a criação das estruturas que possibilitarão a implantação da quinta geração de celular no País. Enquanto isso, o consumidor deve ficar atento a ofertas enganosas que já divulgam ‘experiência 5G’ e até celulares mais caros para supostamente acessar a nova frequência de rede, que ainda não está disponível”, recomendou.