Abastecimento de combustível deve ser normalizado na região afetada por chuvas no Rio Grande do Sul
No momento, o fornecimento está parcial em 65 cidades e outras dez localidades completamente isoladas, IBP, instituto que reúne empresas de petróleo, vem enviando insumos para equipes de resgate e da Defesa Civil
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) vem acompanhando de perto o fornecimento de combustível na região atingida pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A expectativa da entidade é de que o abastecimento seja completamente regularizado em uma semana, no máximo em dez dias, se as chuvas não aumentarem. O nível do Rio Guaíba, que chegou a 5,3 metros na manhã deste domingo, vem baixando lentamente.
— Não temos desabastecimento generalizado, são pontuais. Somente dez cidades estão completamente isoladas com os 50 postos fechados — diz Roberto Ardenghy, presidente do IBP.
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A situação obrigou as distribuidoras a mudar o modal de transporte para conseguir atender a região. O abastecimento é normalmente feito ferrovias, mas elas pararam e o combustível teve de ser transportado pelas estradas, única alternativa mesmo com os bloqueios. O consumo de combustível caiu 28% desde o início das cheias:
— Há mais de mil caminhões andando pelo estado. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) permitiu flexibilidade na mistura de álcool e biodiesel para não prejudicar o abastecimento, em caráter excepcional, que não terá qualquer efeito nos motores — afirma Ardenghy.
As indústrias de petróleo ligadas ao IBP vêm fornecendo combustível gratuitamente para os veículos que estão sendo usados no resgate e recuperação pela Defesa Civil, pelo Corpo de Bombeiros e Exército, desde diesel a querosene de aviação.
Também está ajudando com a oferta de embarcações e helicóptero para os resgates, além distribuição de refeições, cestas básicas, água, itens de higiene, roupas, cobertores, colchões e alojamento para abrigar a população afetada e os que estão trabalhando.