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PETROBRAS

Acionistas da Petrobras decidem nesta quarta (13) futuro da estatal em assembleia

Encontro virtual começa às 15h e vai votar nome de José Mauro Ferreira Coelho para comando da petroleira

Sede da Petrobras Sede da Petrobras  - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os acionistas da Petrobras se reúnem nesta quarta-feira (13) em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária para selar o futuro da estatal. O principal tema da pauta é a votação para aprovar o nome de José Mauro Ferreira Coelho ao cargo de presidente da petroleira.

José Mauro foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME) e vai substituir o atual presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, demitido por Bolsonaro devido à insatisfação com o aumento dos combustíveis.

O nome de José Mauro foi a solução costurada em 24 horas pelo governo, após Adriano Pires ter recusado o convite para comandar a companhia, já que, segundo fontes, seu nome não teria recomendação favorável do Comitê de Pessoas da Petrobras por seus contratos de consultoria com empresas do setor.

O nome de José Mauro recebeu aval da área de compliance da companhia nesta terça-feira. A assembleia vai ocorrer de forma virtual às 15h
 

Os acionistas vão aprovar ainda o nome de Márcio Andrade Weber, atual membro do Conselho, para o posto de presidente do Conselho de Administração. Weber foi indicado pela União após Rodolfo Landim, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, ter recusado o convite.

Segundo fontes,  o nome de Landim também teria recebido parecer contrário e com ressalvas entre os integrantes do Comitê de Pessoas da Petrobras.

A União, que alterou a lista de indicados por três vezes, indicou ainda Carlos Lessa Brandão, Luiz Caroli e Eduardo Karrer, além da recondução de Ruy Schneider,  Sonia Villalobos  e Murilo Marroquim como conselheiros. 

O conselho da estatal é formado por 11 nomes, dos quais sete nomes hoje são indicados da União, três de acionistas minoritórios e um é representante dos funcionários. 

Entre os minoritários, a tendência é ter muita disputa na Assembleia. Há sete nomes concorrendo.  A estratégia dos fundos é ampliar a  presença no Conselho. Hoje, os minoritários têm três assentos. A meta é chegar a quatro.

Foram indicados pelos acionistas ordinaristas (ONs, ação com direito a voto) Francisco Petros, Ana Horta e Rodrigo de Mesquita. Pelos acionistas preferencialistas (PNs, ação sem direito a voto)  foram indicados Daniel Alves Ferreira e Marcelo Mesquita de Siqueira Filho, que concorre à reeleição.   Foram indicados ainda pelos minoritários José Abdalla Filho e Marcelo Gasparino. 

Como será feito o sistema de voto múltiplo, o  candidato com o maior número de votos é eleito. Assim, a União corre o risco de não conseguir eleger tdos os oito candidatos.

Além dos membros do Conselho, a assembleia vai aprovar ainda os membros do Conselho Fiscal, aprovar os resultados financeiros de 2021, a remuneração dos administradores, distribuição de dividendos com base no lucro recorde de R$ 106 bilhões e mudanças no estatuto social como a obrigatoriedade do parecer de comitês para determinados tipos de investimentos.

Segundo o edital, os acionistas vão votar ainda a remuneração global dos administradores para o período de abril de 2022 a março de 2023 no valor de até R$ 39,584 milhões, um aumento de 0,37% em relação ao proposto no ano passado, quando desconsiderados os encargos.

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