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NEGÓCIOS

Ações da Azul disparam após empresa fechar acordo e obter US$ 500 milhões em financiamento

Com recursos, aérea vai reforçar caixa. Dívida poderá ser convertida em participação acionária

Avião da AzulAvião da Azul - Foto: Azul Linhas Aéreas/Divulgação

As ações da Azul Linhas Aéreas operam em forte alta na manhã desta segunda-feira (28) após a empresa ter fechado acordo com detentores de títulos de dívida da companhia para obter até US$ 500 milhões em novos financiamentos. Com isso, a empresa vai conseguir reduzir sua dívida e reforçar seu caixa.

As ações da empresa negociadas nos EUA saltaram até 11% nas negociações de pré-mercado após a notícia. Na Bolsa de Valores de São Paulo, os papéis abriram em leilão, o que ocorre quando há forte oscilação nas cotações.

A injeção de capital foi uma condição prevista em recente acordo da Azul com arrendadores para eliminar quase US$ 550 milhões em obrigações em troca de uma participação acionária de cerca de 20% na empresa, o que analistas veem como fundamental para fortalecer a posição de caixa da companhia aérea.

No acordo com os detentores de títulos, a empresa receberá US$ 150 milhões esta semana e outros US$ 250 milhões até o final do ano em nova dívida, totalizando os US$ 400 milhões que havia estipulado como meta. Outros US$ 100 milhões podem ser disponibilizados posteriormente, informou a Azul.

O acordo, acrescentou a Azul, pode incluir uma potencial conversão de dívida em ações de até US$ 800 milhões, caso a empresa consiga melhorar ainda mais seu fluxo de caixa reduzindo os custos em cerca de US$ 100 milhões por ano.

Entre as maneiras para a Azul alcançar a redução de custos proposta estão negociações com arrendadores e fabricantes como a Embraer, Airbus e GE.

O anúncio de segunda-feira, disse a companhia aérea, também inclui um acordo para melhorar o fluxo de caixa em US$ 150 milhões, reduzindo certas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos nos próximos 18 meses.

A Azul, uma das maiores companhias aéreas da América Latina, buscava há meses reforçar seu balanço patrimonial e lidar com o impacto da alta do dólar frente ao real.

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