ADEMI-PE discute demandas do mercado imobiliário com Carlos Andrade Lima
Entre as questões levantados pelo presidente da associação, Rafael Simões, estiveram as taxas de juros, que dificultam a adesão dos empreendimentos, legislação urbana e infraestrutura
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima, esteve presente na primeira reunião do ano da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), nesta terça-feira (14). No encontro, foram ouvidas as principais demandas do setor, que já movimentou R$ 10 bilhões em imóveis lançados nos últimos cinco anos na capital pernambucana, segundo dados da entidade.
Entre as questões levantados pelo presidente da Ademi-PE, Rafael Simões, estiveram as taxas de juros que dificultam a adesão dos empreendimentos, legislação urbana e infraestrutura. Além disso, o representante da instituição enfatizou a baixa capacidade de área de construção da cidade, com grande volume de áreas de preservação e solos moles que dificultam a construção por serem compressíveis e provocarem baixa resistência.
Além de inteirar o secretário sobre as necessidades do empresariado do setor, o encontro também proporcionou uma apresentação da visão do secretário sobre sua gestão à frente da pasta responsável pela economia municipal. Carlos Andrade Lima defendeu as autodeclarações, maior aprovação de projetos e isenção fiscal como ações de incentivo ao setor.
“O setor imobiliário é importantíssimo para o desenvolvimento econômico de qualquer capital, principalmente de Recife. Então a gente está aqui exatamente para facilitar a vida dele, ouvir quais são os problemas da categoria, onde é que está o gargalo e tentar fazer o possível para ajudá-lo”.
Construção civil
Simões destacou a importância de leis que facilitem a construção civil, classificando a alternativa como fator preponderante para contrabalancear os outros possíveis impedimentos para o desenvolvimento urbano do Recife.
“A gente tem que discutir demografia e uma boa infraestrutura, água, esgoto, energia, pavimentação, mobilidade urbana, são todas essenciais. E a gente tem também a legislação urbana que a gente tem hoje, que eu acho que é o único capaz de até de contrabalancear tem uma falta causada pelos juros ou alguma deficiência de infraestrutura, ter uma legislação urbana que permita mais construções”, afirmou o presidente.
Com o potencial de volume demonstrado na construção civil nos últimos anos, outro ponto requerido na reunião foi a qualificação de mão de obra voltada para o mercado. O secretário prometeu trabalhar junto a ex vice-prefeita e secretária de Trabalho e Qualificação profissional para providenciar programas focadas nessa necessidade.
Canal de comunicação
Para a Ademi-PE, a parceria poderia se dar com a criação de um canal de comunicação entre a prefeitura e a associação, focado nas capacitações. Seja a Prefeitura de Qualificação e Desenvolvimento captando esse pessoal a qualificação, como disponibilizando as vagas existentes no setor da Constituição Civil, afirmou o presidente.
“De um lado nós temos pessoas desempregadas, prontas para se qualificarem profissionalmente, do outro lado nós temos as empresas precisando dessas pessoas e não tem ninguém que faz essa ponte”, disse o secretário.
Carlos Andrade Lima completou dizendo que o projeto poderá ser trabalhado com as três pontas: o empresariado, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a Secretaria de Trabalho e Qualificação profissional.
Desburocratização
A desburocratização da abertura e cadastro de novos empreendimentos também foi destaque do debate. Nesse aspecto, a secretária executiva, Gelisa Bosi, salientou o trabalhao feito ao redor da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), com a liberação de 21 CNAES de médio risco, categoria que facilita a abertura de novas empresas.
“O que é médio risco médio risco? são aquelas empresas que tem algumas atividades que são mais complexas, mas que pode ser autodeclaratória, infelizmente existe uma Legislação Federal que diz que meio ambiente não pode ter nada autodeclaratório”, destacou.
De acordo com a secretária, todos os empreendimentos que envolviam meio ambiente e foram considerados de baixo e médio risco para vigilância sanitária e urbanismo,foram trazido para médio risco.
Dessa forma, o processo não passará por todo o trâmite de empreendimentos de impacto, com o procedimento avançando para a autodeclaração e sendo direcionado para emissão do alvará de forma simplificada.