Aeroporto do Recife terá área total ampliada
Um total de mil metros quadrados serão incorporados à área do aeroporto recifense
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Terminou sem sucesso a última tentativa da bancada federal de Pernambuco, na quarta-feira (13), com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de modificar os critérios do modelo de concessão do leilão do Aeroporto do Recife. Liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho e pelo deputado federal Felipe Carreras, os representantes do Estado tentaram mostrar a fragilidade dos pontos do edital do leilão, que ocorre nesta sexta-feira (15).
No entanto, não houve recuo por parte do Governo Federal. Mas nem tudo foi ruim. É que no mesmo encontro o ministro garantiu que o terminal aéreo pernambucano deverá ser ampliado com a incorporação de um terreno da aeronáutica, cuja área é de 1 milhão de metros quadrados.
“O ministro garantiu que a empresa vencedora do leilão já irá ter esse terreno incluso na negociação. Isso vai possibilitar crescermos no lado oposto ao que já existe atualmente”, adiantou o deputado federal Felipe Carreras, que apesar de vibrar com a boa nova, voltou a criticar a falta de flexibilização nos termos do leilão de sexta-feira (15).
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Segundo ele, a ausência da possibilidade de um gatilho para o aumento nos investimentos no terminal torna o equipamento limitado em detrimento aos principais concorrentes da região, sendo eles Salvador e Fortaleza, que possuem, em contrato, a possibilidade de aumento no valor investido caso cheguem a um determinado número de passageiros.
Desta forma, os baianos receberão R$ 2,8 bilhões e os cearenses, R$ 1,4 bilhão, durante os 30 anos de concessão. Enquanto isso, o Recife fica no patamar dos R$ 800 milhões, pelo mesmo período. “O Aeroporto do Recife não pode ser tratado dessa forma. O que pedimos foi que o ministro colocasse algum gatilho para que os investimentos fossem obrigatórios, pois caso contrário a empresa que vencer fará os investimentos previstos e nada mais. Isso não pode acontecer com o principal terminal da região. Infelizmente, afirmaram que não teremos uma segunda pista nem este gatilho”, afirmou Carreras.
Quando questionado sobre o porquê de os investimentos no Recife estarem tão abaixo dos de Salvador e Fortaleza, o ministro afirmou: “Os investimentos no Recife estão dentro da necessidade do aeroporto. O que vamos cobrar da empresa vencedora é que ela deve manter o nível ótimo da estrutura e não os investimentos. Se não precisar, a vencedora do leilão pode até mesmo investir menos do que os R$ 835 milhões”.