Agronegócio pernambucano tem maior alta em oito anos, diz Faepe
De acordo com a Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, o valor do câmbio é um dos responsáveis pela alta na exportação
Um dos principais setores da economia brasileira, o agronegócio vem crescendo bastante mesmo com a pandemia. Para se ter uma ideia, as exportações do agronegócio pernambucano alcançaram a marca de US$ 147,5 milhões no acumulado de janeiro a abril de 2021, o que corresponde a um crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número representa um novo recorde em relação ao primeiro quadrimestre, nos últimos oitos anos.
A análise dos dados é da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe). Ainda de acordo com o órgão, o valor do câmbio é um dos responsáveis pela alta na exportação.
No primeiro quadrimestre de 2021, entre os principais produtos exportadados estão o açúcar (US$ 70,5 milhões), álcool (US$ 13,9 milhões), manga (US$ 24,4 milhões), uva (US$ 16,5 milhões) e sucos (US$ 5,3 milhões). Somente esses cinco ítens são responsáveis por 88,5% de toda exportação no período.
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Para o presidente da Faepe, Pio Guerra, com a expansão da exportação do acúçar, toda a cadeia econômica do Estado é favorecida. “Com um câmbio atrativo e mercado favorável, a cadeia canavieira pôde mostrar sua eficiência, diversificando seus países compradores”, destacou.
Sobre a fruticultura, o presidente avaliou que, mesmo com números positivos, a atividade terá - como é habitual, um desempenho ainda mais expressivo nos próximos quadrimestres.
Destinos das exportações
De acordo com a Faepe, os principais compradores do açúcar pernambucano foram países da África e do Oriente Médio, destacando-se Senegal (US$ 21,6 milhões) e Líbano (US$ 9,6 milhões). Enquanto que a maior parcela do álcool comercializado seguiu para o México (US$ 3,1 milhões) e para Colômbia (US$ 2,6 milhões).
"Na fruticultura, também podemos observar diferenças de destinos entre os produtos. As vendas para Espanha (US$ 10,8 milhões) e Holanda (US$ 9 milhões) representaram 81% do valor obtido com as exportações de manga. Já a uva teve como forte comprador os Estados Unidos (US$ 10,9 milhões)", informou a Federação da Agricultura.