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Alckmin: "Acreditamos no bom senso de que vamos ter redução da taxa de juros"

Às vésperas da reunião do Copom, que na quarta-feira decide sobre a Selic, vice-presidente cobra corte na taxa básica: "Não há demanda explodindo e, de outro lado, o mundo inteiro tem juros negativos"

Geraldo AlckminGeraldo Alckmin - Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, criticou os juros altos no Brasil na manhã desta segunda-feira (20), afirmando que eles não se justificam, travam investimentos e tornam a dívida brasileira mais cara.

Acreditamos no bom senso de que vamos ter redução da taxa de juros - disse Alckmin, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne amanha e na quarta-feira para decidir sobre a nova básica Selic, hoje em 13,75% ao ano.

Segundo o vice-presidente, há gordura para cortar os juros.

Agindo com responsabilidade fiscal, não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e, de outro lado, quando o mundo inteiro tem juros negativos. Mas nós acreditamos no bom senso e que a gente vá com a ancoragem fiscal mitigar essa dificuldade, disse Alckmin em seu discurso de abertura em seminário no BNDES, no Rio.

Alckmin afirmou que o governo tem concentrado seus esforços para fazer avançar a reforma tributária e para encaminhar uma nova proposta de ancoragem fiscal, algo que deve ser apresentado “nos próximos dias”, disse.

Estamos otimistas que a reforma tributária possa avançar. Já o custo de capital é um outro problemão porque juros altos dificultam investimentos e encarecem a dívida do governo. Metade da dívida (do governo) é Selic. E acho que o governo encaminha nos próximos dias a ancoragem fiscal, que vai combinando curva da dívida, de outro lado superávit e do outro lado o controle do gasto. Uma medida inteligente, bem feita, que vai trazer bastante segurança na questão fiscal.

O ministro também citou a decisão do governo federal de reonerar a gasolina como uma atitude alinhada à busca por responsabilidade fiscal.

Seria muito confortável e populista não cobrar imposto sobre combustível fóssil, mas o governo agiu de maneira correta. Não vou cobrar do diesel porque afeta toda a cadeia e inflação, não vou cobrar gás de cozinha porque afetam as famílias mais pobres. Mas vou cobrar da gasolina.

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