Alckmin afirma que ''país ficou caro antes de ficar rico''
Vice-presidente atribuiu o aumento do custo no país ao processo de desindustrialização sofrido no Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (19) que o Brasil passou por um processo de desindustrialização, que segundo ele, aconteceu pela perda de produtividade. Segundo Alckmin, o fenômeno fez com que o Brasil se tornasse um país “caro” antes de ficar “rico”
— O Brasil ficou caro, é um país muito caro. País ficou caro antes de ficar rico. Por isso é preciso ter uma agenda de competitividade e de redução do Custo Brasil — disse.
Alckmin participou do seminário "Descarbonização - os caminhos para a mobilidade de baixo carbono para o Brasil", organizado pelo grupo Esfera e pelo MBCB e realizado nesta terça-feira, em Brasília.
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Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a nova política industrial do país com promessa de financiamentos e subsídios de R$ 300 bilhões até 2026.
O plano também prevê 41 projetos para diminuir a burocracia do país e reduzir o chamado Custo Brasil, que chegaria R$ 1,7 trilhão por ano, reduzindo a competitividade das empresas nacionais.
"Cálculos preliminares realizados com base no impacto de apenas quatro desses projetos — aprimoramento do marco regulatório para expansão do mercado livre de energia, reforma da Lei do Bem, regulamentação do marco legal de cabotagem e de ferrovias — apontam para um potencial de redução desse custo equivalente a R$ 92 bilhões por ano", diz o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em seu discurso nesta terça, Alckmin elogiou a reforma tributária e disse que a medida vai beneficiar o setor industrial.
— A reforma tributária traz eficiência econômica. Estudos mostram que em 15 anos pode aumentar em 12% o PIB [Produto Interno Bruto]. Ela desonera completamente investimentos e exportações. Acaba com a cumulatividade. E a indústria super tributada vai ser corretamente atendida. O que precisamos agora é, na regulamentação, ficar atentos para mantermos os princípios e os objetivos da reforma tributária — disse.