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Alckmin critica juros alto e diz que prazo limite para desconto em carros não é "decisão definitiva"

Presidente da República em Exercício afirmou, no entanto, que "provavelmente" estímulo seria encerrado após término do orçamento

Geraldo AlckiminGeraldo Alckimin - Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

O vice presidente da República em Exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (20) que "não é uma decisão definitiva" o prazo estipulado para o programa de descontos em carros populares. Alckmin, no entanto, afirmou que "provavelmente" acabando o orçamento destinado para o estímulo, o programa de desconto precisaria ser encerrado.

"Isso vai ser decidido um pouco mais para frente. Provavelmente, essa não é uma decisão definitiva, mas provavelmente acabou os R$ 500 milhões, acabou o programa, o estímulo. Vai continuar o do caminhão e do ônibus porque esse é mais demorado, porque você tem que retirar da rua o caminhão antigo ou ônibus antigo para renovar a frota. Mas essa é uma decisão um pouquinho mais a frente" afirmou após evento sobre mercado de carbono.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que "não tem margem" para ampliar os recursos destinados ao estímulo para compra dos carros. Ao todo, o governo destinou R$1,5 bilhão para o programa de desconto, sendo R$ 500 milhões para automóveis; R$ 700 milhões para caminhões; e R$ 300 milhões para vans e ônibus.

A proposta do governo é que o estímulo seja uma solução transitória e dure quatro meses, na expectativa da redução da taxa de juros, ou até o final dos recursos.

Alckmin, no entanto, afirmou nesta terça-feira que "enquanto o juro não cai", o governo continuará ajudando o consumidor a ter acesso aos veículos.

"Enquanto o juro não cai, e temos certeza que ele vai cair, vamos ajudar para que o consumidor possa ter acesso" afirmou.

O presidente em exercício voltou a criticar a taxa de juros do país e afirmou que o sucesso do programa mostrou que a redução da carga tributária ajuda a vender mais. Alckmin ainda afirmou que a indústria automobilística estava ociosa em razão da taxa de juros.

"Agora, o fato é que foi um sucesso. E mostrou o seguinte: reduza um pouco a carga tributária que vende mais" afirmou, completando: "O que o governo fez foi dar um crédito tributário porque 50% da indústria estava ociosa, e por que disso? Juros alto."

Mercado de Carbono
O presidente em exercício afirmou ainda que o governo está concluindo um projeto de lei para regular o mercado de carbono, mas que ainda não está definido qual é o melhor meio de enviar a proposta para o Congresso Nacional. Hoje, outros três projetos estão tramitando nas casas.

— Governo está concluindo o projeto de lei (sobre mercado de carbono) para avaliar a melhor maneira de envia-lo. Acho que é questão de semanas para o governo definir, porque você tem bons projetos no Congresso e o governo também elaborou, fruto de um trabalho interministerial, o projeto de mercado regulado de carbono. Vai ser uma avaliação política a melhor maneira de fazê-lo.

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