Alckmin descarta risco de falar energia no Brasil, mas reconhece maior seca desde 1950
Vice-presidente afirmou que países dos trópicos vão sofrer as maiores consequências do aquecimento global
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quinta-feira que o Brasil não corre risco de falta de energia apesar de enfrentar a pior seca desde a década de 1950.
Questionado sobre a queda no nível dos reservatórios de usinas hidrelétrica, Alckmin observou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou usinas termelétricas para evitar uma crise energética.
— Acredito que o que disse a ONS é que, coloca as térmicas também para operarem, mas que não há risco de falta de energia — afirmou.
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O vice-presidente, no entanto, reconheceu que o país vive a sua pior seca desde 1950. No Brasil, as usinas hidrelétricas, que têm seu desempenho atrelado ao nível de chuvas, são responsáveis por mais de 60% da produção de energia elétrica.
— É a maior seca desde a década de 50, se você pegar os gráficos é a maior seca, aliás, vem ao encontro do início da exposição do Marcio Lima, que é a questão das mudanças climáticas, estamos vivendo o aquecimento global, e nós que estamos nos trópicos vamos sofrer mais do que quem está no norte do planeta, então é uma questão importantíssima — ressaltou Alckmin.
Diante do período de seca, a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) anunciou na sexta-feira passada a bandeira tarifária de energia elétrica em setembro seria a vermelha patamar 2, o maior da escala da agência.
Nesta quarta-feira, a agência voltou atrás na decisão para a bandeira tarifária nas contas de luz de setembro. No lugar de bandeira vermelha 2, foi acionada a bandeira vermelha 1. Dessa forma, o aumento nas contas de luz dos brasileiros neste mês será menor.
A mudança foi causada por uma "correção" de informações do Programa Mensal de Operação (PMO), de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).