Alckmin diz que governo vai agir contra sonegação de sites estrangeiros de compras
Vice-presidente afirma que é dever do Executivo manter 'concorrência leal'
Após reunião com empresários do varejo, o vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a criticar a taxa de juros e afirmou que o governo já vem atuando para coibir a sonegação de impostos de empresas estrangeiras que fazem comércio on-line.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do encontro. Na saída, Alckmin disse que o setor reclamou que o atual patamar de juros “prejudica a atividade econômica e e o emprego”.
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— Acabamos de verificar nos números do varejo um não crescimento. A questão de juros é extremamente preocupante. Os juros futuros estão com queda, e não há nada que justifique a taxa de juros real estar em crescimento — disse Alckmin.
O vice-presidente acrescentou que é dever do governo “manter uma concorrência leal”:
— A importação de produtos sem pagar imposto chegou a R$ 70 bilhões no ano passado. Isso não prejudica só o comércio instalado, prejudica a indústria brasileira. O Ministério da Fazenda e a Receita Federal vão agir.
Outros integrantes do primeiro escalão, como a ministra Simone Tebet (Planejamento), vêm cobrando a redução da taxa Selic, hoje em 13,75%. A próxima reunião do Copom ocorrerá no dia 21. Na segunda-feira, Tebet argumentou que existe uma diferença “gritante” do atual contexto econômico e político no Brasil, na comparação com o período pré-eleitoral.
— A equipe econômica do governo federal fez o dever de casa. Estamos arrumando a casa, o que significa que estamos dando todos os elementos e condições para que o Banco Central possa começar olhar com carinho, mostrar uma tendência de queda nos juros já a partir de agora, prevendo já a queda de juros a partir de agosto — disse na ocasião.