Alemanha tem dois milhões de postos de trabalho vagos, diz órgão
Em torno de 58% das empresas do setor industrial alemão reclamam da falta de mão de obra
A falta de mão de obra continua aumentando na Alemanha, em meio ao envelhecimento de sua população, e contabiliza dois milhões de postos de trabalho vagos — informa um estudo divulgado pela Câmara de Indústria e Comércio (DIHK, na sigla em alemão) nesta quinta-feira (12).
Na Alemanha, dois milhões de postos estão vagos (...), levando a uma perda de 100 bilhões de euros (mais de US$ 107 bilhões) de criação de valor, disse o presidente da DIHK, Achim Dercks.
Após analisar em torno de 22 mil empresas alemãs, o órgão afirma que "metade" delas passa por problemas para preencher essas vagas, o que configura um recorde.
Leia também
• Presidente da empresa de petróleo Emirates vai liderar COP28
• Republicanos aprovam duas resoluções sobre o aborto nos EUA
• Palestino é morto na Cisjordânia após esfaquear israelense
Há anos, a Alemanha enfrenta a cada vez maior falta de mão de obra causada pelo envelhecimento de sua população, sobretudo, em setores essenciais, como indústria, saúde, construção, hotelaria e restaurantes.
A situação se agravou com a pandemia da Covid-19, assim como aconteceu em muitos outros países ocidentais.
Hoje, em torno de 58% das empresas do setor industrial reclamam da falta de mão de obra, segundo a DIHK. Áreas emblemáticas da potência econômica alemã foram afetadas, incluindo o setor automobilístico (65%) e de maquinário (67%).
A "mão de obra qualificada" é muito procurada, afirma a organização.
Entre as propostas para melhorar esse quadro, a DIHK sugere uma "melhor conciliação entre a vida privada e a vida profissional" dos empregados e "mais participação das pessoas mais velhas no mercado de trabalho".
A entidade pede, também, que se "facilite a imigração de mão de obra" e a formação de estrangeiros, em especial os ucranianos recém-chegados ao país.