"Alimentação brasileira não pode se tornar motivo de palanque político", diz ministro da Agricultura
Carlos Fávaro critica movimento da oposição de abrir uma CPI do Arroz
Em meio ao movimento da oposição pela abertura de uma "CPI do Arroz", após o governo suspender leilão por indícios de irregularidades, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a “alimentação brasileira não pode ser motivo de palanque político”. Ele enfatizou ainda que “não há o que temer”:
— Não podemos fazer de algo tão importante que é a alimentação brasileira, que é o arroz e o feijão, um motivo de palanque político. Não houve um real de dinheiro público gasto, não houve sequer a formalização de um contrato. E, como disse, nós não temos compromisso com o erro. Os parlamentares têm total direito de saber e questionar, e estamos aí para todas as informações.
Leia também
• PF vai abrir inquérito para investigar supostas irregularidades em leilão de arroz
• Oposição faz ofensiva por CPI do Arroz após governo suspender leilão por indícios de irregularidades
• Importar arroz era ideia fixa de Lula já em 9 de maio; confira a coluna desta quarta (12)
Ele continua:
— Mas ficaria muito triste em ver uma tragédia como a do Rio Grande do Sul transformada num palanque político — disse, ao Globo.
De acordo o ministro, o governo retomará o leilão junto à Conab, mas ainda não há uma nova data para a realização:
— Será o mais rápido possível — garantiu a jornalistas.
Questionado sobre um novo nome para ocupar a pasta da secretaria da Política Agrícola após a saída de Neri Geller, Fávaro disse que nomeou nesta quarta-feira o secretário-adjunto Wilson, técnico de carreira, para auxiliar neste processo. Wilson também é o técnico responsável pela finalização da construção do plano Safra, que será entregue nos próximos 15 a 20 dias, revelou o ministro.
— Nós vamos terminar nos próximos 15 ou 20 dias e anunciar o novo plano Safra. E, sem nenhuma correria, ouvindo as orientações, inclusive do Palácio do Planalto, para a escolha do novo secretário.