Alta no crédito, massa de renda e empregos explicam crescimento do varejo, diz gerente do IBGE
Em maio, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,2% em relação ao mês anterior
O bom desempenho do comércio varejista nos primeiros meses de 2024 tem sido impulsionado pela concessão de crédito a pessoas físicas e pelo aquecimento do mercado de trabalho, com aumento no número de pessoas trabalhando e na massa de salários em circulação na economia, avaliou Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"O consumo vem pautado pela expansão do crédito e por esse crescimento no número de pessoas ocupadas e na massa de rendimentos reais", afirmou Santos.
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Em maio, o comércio varejista brasileiro cresceu 1,2% em relação ao mês anterior, completando uma sequência de cinco meses de expansão.
Segundo Santos, o momento favorável vem sustentado por supermercados e farmacêuticos, mas há recuperação também em outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento.
"O varejo tem um protagonismo também de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que em 2023 sofreu, principalmente, com o fechamento de lojas", disse ele. "Ao longo deste ano de 2024, a atividade tem se recuperado."
Na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal, houve crescimento em cinco das oito atividades: Tecidos, vestuário e calçados (2,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%).
Quanto ao varejo ampliado - que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas cresceram 0,8% em maio ante abril. Houve recuos em veículos (-2,3%) e material de construção (-3,5%), mas o atacado especializado em produtos alimentícios cresceu 0,8%.