Alvo de polêmica no governo Bolsonaro, 'moedinhas' dos espelhos d'água vão reforçar caixa do governo
Moedas arremessadas por visitantes irão compor Tesouro Nacional
Diante do esforço do governo de ajustar as contas, o governo decidiu adotar mais uma regra para aumentar sua arrecadação, ainda que simbólica.
Portaria publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira prevê que todas as moedas arremessadas por visitantes dos prédios oficiais da Presidência, como o Palácio do Planalto e o da Alvorada, irão para o Tesouro Nacional, o caixa do governo.
O Tesouro Nacional recebe o dinheiro arrecadado pela Receita Federal e outros órgãos e faz a gestão destes recursos para cumprir o Orçamento.
Dentro da Fazenda, o órgão é responsável por tentar manter a estabilidade da dívida pública e cumprir a meta fiscal. Dessa forma, os valores recolhidos passarão a integrar a arrecadação federal.
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, pela Casa Civil. Conforme decidido, as moedas antigas que não possuem mais valor, como cruzeiros e cruzados, vão para o Museu Histórico do Banco Central.
Leia também
• Faixas de atos golpistas em frente aos quartéis foram planejadas pelo Planalto, diz PF
• Plano impresso no Planalto, reunião na casa de Braga Netto: 6 elementos que ligam Bolsonaro a trama
• Carro cai em espelho d'água do Palácio do Planalto
Já moedas estrangeiras serão convertidas para o real e enviadas também para o Tesouro. Os valores serão recolhidos a cada seis meses.
As moedinhas de visitantes já foram motivo de polêmica na gestão de Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2022, na reta final da gestão passada, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro mandou recolher as moedas de visitantes espelho d'água do Alvorada.
Segundo ela, o valor de R$ 2.213,55 arrecadado foi doado para uma instituição chamada Vila do Pequenino Jesus, no Distrito Federal, responsável por cuidar de pessoas com deficiência.
A doação foi justificada por Michelle, no Instagram, após o recolhimento das moedas ser questionado nas redes sociais.