Amazon pede desculpas após negar que entregadores urinam em garrafas
A companhia diz agora que motoristas podem ter dificuldade de encontrar sanitários por causa do trânsito ou das áreas rurais
Após negar que funcionários responsáveis por suas entregas urinavam em garrafas de plástico durante o serviço, a Amazon se desculpou e disse que suas declarações anteriores não consideravam todo o grupo de profissionais da empresa.
Segundo a gigante do ecommerce, a resposta anterior focou incorretamente nos profissionais que trabalham em centros de distribuição, que contam com dúzias de banheiros e podem usá-los a qualquer momento.
A companhia diz agora que motoristas podem ter dificuldade de encontrar sanitários por causa do trânsito ou das áreas rurais. A situação se agravou com a pandemia, quando muitos banheiros públicos foram fechados, disse a empresa. A Amazon disse também que o problema atinge todo o setor e prometeu procurar soluções.
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A controvérsia começou no fim de março, quando o deputado democrata Mark Pocan publicou um tuíte em referência à Amazon, dizendo que pagar um salário de US$ 15 por hora não faz a empresa ser progressista, se ela dificulta a sindicalização dos funcionários e os obriga a urinar em garrafas d'água.
Em resposta, a Amazon ironizou perguntando se o deputado acreditava mesmo na história do xixi nas garrafas. Afirmou que, se isso fosse verdade, ninguém iria querer trabalhar para a empresa.
A companhia chamou seu tuíte anterior de gol contra e pediu desculpas a Pocan.
As atenções estão voltadas para as relações de trabalho na Amazon em meio a uma contagem de votos que pode confirmar a criação do primeiro sindicato de funcionários da empresa nos Estados Unidos, no estado do Alabama.