RECUPERAÇÃO

Americanas altera plano e acena a credores com garantia de R$ 12 bi de seus maiores sócios

Antes, eram R$ 10 bi e outros R$ 2 bi em datas futuras a serem acordadas e relacionadas a métricas de desempenho da companhia, de acordo com fontes

Americanas está em processo de recuperação judicial Americanas está em processo de recuperação judicial  - Foto: Reprodução

A Americanas, que deve divulgar seu balanço financeiro no fim deste mês, cedeu aos credores e alterou uma das principais premissas do plano de recuperação judicial, que deverá ser votada em assembleia, ainda sem data definida.

Agora, os acionistas de referência da varejista decidiram aportar no curto prazo R$ 12 bilhões. Antes, eram R$ 10 bilhões e outros R$ 2 bilhões em datas futuras a serem acordadas e relacionadas a métricas de desempenho da companhia, de acordo com fontes. Os três maiores acionistas da Americanas são os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles.

Em comunicado, a Americanas disse que está em fase avançada de busca de entendimentos com seus credores com vistas a um acordo que possa equacionar suas dívidas, estimadas em mais de R$ 40 bilhões. A varejista disse que a mudança no plano foi feita nesta terça-feira (10) em uma reunião com credores para apresentar aperfeiçoamento da proposta que vinha sendo sendo discutida.

A Americanas, que é assessorada pelo Rothschild & Co, afirmou que "segue empenhada nas negociações destes termos com seus credores financeiros, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades".

Segundo uma fonte, a mudança foi feita para atender a uma das demandas dos credores. Dentro desse valor de R$ 12 bilhões, já estão incluídos os R$ 2 bilhões em empréstimos-ponte, na modalidade DIP.

Recentemente, a Americanas informou que suspendeu o processo de venda da Uni.co, dona das marcas Puket, Imaginarium e Lovebrand. Uma fonte lembrou que, como a companhia ainda não publicou seu balanço financeiro auditado com o real rombo por conta das supostas fraudes contábeis, os investidores estão aplicando descontos no valor financeiro do ativo.

De acordo com uma fonte, que aponta um cenário complexo, “sem os números financeiros fechados, a venda fica prejudicada, e os credores podem questionar o negócio". Ao comunicar a suspensão do processo de venda, a Americanas afirmou que “as condições comerciais propostas não refletem o real valor” da Uni.co.

A varejista informou ainda que vai avaliar a retomada das conversações no futuro. “A companhia se reserva o direito de responder a potenciais interessados e engajar em conversas que busquem condições mais atrativas que as indicadas e irá avaliar a possibilidade de retomar o processo.”

Por enquanto, segundo fontes, o processo de venda do Hortifruti, embora lento e com dificuldades, segue normal. Essa fonte lembrou que a companhia precisa de parte da venda de ativos para conseguir recursos para a aprovação do plano de recuperação judicial. A Americanas estima receber de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões por Hortifruti, Uni.Co e um jato executivo 2014 da Embraer, modelo BEM-505, dizem as fontes.

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