Americanas: Carlos Alberto Sicupira assume negociação com credores, dizem fontes
Empresário estaria conversando com cada banco separadamente para tentar chegar a uma solução
Carlos Alberto Sicupira, um dos principais acionistas e membro do conselho da Americanas, assumiu as negociações com os bancos credores para tentar chegar a uma solução negociada para a varejista brasileira, segundo pessoas a par do assunto ouvidas pela agência Bloomberg.
Sicupira está conversando com cada banco separadamente, e os bancos consideram as negociações como positivas, um sinal de que os principais acionistas da varejista, que também incluem Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, estão dedicando mais atenção ao assunto, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificados porque as discussões não são públicas.
A Americanas e Sicupira não comentaram de imediato as negociações. Lemann e Telles não responderam às mensagens pedindo comentários.
Leia também
• Procon multa Americanas em R$ 11 milhões; saiba o porquê
• Americanas e Oi: veja em cinco pontos o que os dois casos têm em comum
• Justiça usa ação para resguardar trabalhadores das Americanas
Até agora, nenhuma proposta concreta para apaziguar os credores foi feita, disseram as pessoas. Os credores querem uma injeção de capital combinada de pelo menos R$ 15 bilhões, enquanto os investidores bilionários não ofereceram mais de R$ 6 bilhões, disseram as pessoas.
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro depois de encontrar R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis” que aumentaram artificialmente os lucros e reduziram seus os passivos pela metade.
A empresa está envolvida em uma briga judicial com bancos, que acusam a empresa e seus principais acionistas de fraude. Em uma mensagem a jornalistas de 22 de janeiro, os três bilionários disseram que não sabiam sobre as questões contábeis.
Antes de Sicupira entrar em cena, Luiz Muniz, sócio do Rothschild no Brasil, estava conversando com credores. Antes de Muniz, o ex-presidente da Americanas Sergio Rial fazia isso informalmente. Os credores da Americanas incluem o Bradesco, o Itaú, o Safra, o BTG Pactual e a unidade brasileira do Santander, disse a Americanas em um documento.