Americanas se desfaz de jatinho e negocia venda do Hortifruti
Empresário nordestino acerta compra e aeronave por US$ 9 milhões. Medidas fazem parte de estratégia para recuperar empresa
A Americanas já conseguiu aval da Justiça para vender o jato executivo 2014 da Embraer, modelo BEM-505.
A aeronave foi vendida por US$ 9 milhões (cerca de R$ 44 milhões se levar em conta o câmbio de hoje, de R$ 4,89) para um empresário do Nordeste. A autorização da venda ocorreu no último dia 30 de outubro.
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Como a Americanas está em processo de recuperação judicial, qualquer venda de ativo precisa ser autorizada pelo juiz da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Agora, dizem fontes, a varejista e o empresário vão iniciar o processo de compra e venda da aeronave.
Segundo avaliações de mercado, o jatinho estava avaliado entre R$ 45 milhões e R$ 47 milhões.
Além da aeronave, a companhia informou ontem que entrou em período de exclusividade com relação a uma das propostas não vinculantes para vender a rede Hortifruti Natural da Terra, com 75 lojas entre Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Segundo o jornal "Valor Econômico", a interessada na Americanas seria a St Marche.
Segundo a Americanas, que não informou o nome da interessada, disse que recebeu a proposta no dia 12 de setembro de 2023 e que o período de negociação é de 120 dias. "Tal período de exclusividade poderá ser estendido por mais 60 dias, para aprofundar as negociações acerca da proposta recebida", disse a Americanas.
Além disso, a Americanas, ressaltou uma outra fonte, decidiu suspender o processo de venda da Uni.Co, dona das marcar Puket e Imaginarium, já que as propostas recebidas "não refletiam o valor correto dos ativos". Por isso, não está mais nos planos retomar "por agora", lembrou a fonte.
No início do ano, cálculos apontavam que a Americanas estimava receber de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões pela venda da Hortifruti, Uni.Co e o jato executivo da Embraer.
Semana passada, a varejista informou que vai divulgar as demonstrações financeiras relativas ao exercício de 2022 no dia 13 de novembro. Só após isso é que a companhia pretende acertar a votação do plano de recuperação judicial que tem dívidas superiores a R$ 40 bilhões.