Negócios

Americanas vai repassar para PF conclusões de investigação sobre fraude do Comitê Independente

Conselho quer que a diretoria atual avalie formas para o ressarcimento causado pelos prejuízos

De acordo com as Lojas Americanas,  evidências apresentadas pelo Comitê confirmam a existência de fraude contábilDe acordo com as Lojas Americanas, evidências apresentadas pelo Comitê confirmam a existência de fraude contábil - Foto: Mauro Pimentel/AFP

A Americanas informou que o Comitê Independente, criado para apurar o rombo superior a R$ 25 bilhões cometidos por ex-diretores ao longo de pelo menos uma década, já concluiu os trabalhos de investigação.

Segundo a varejista, as evidências apresentadas pelo Comitê confirmam a existência de fraude contábil, caracterizada principalmente por lançamentos indevidos na conta de fornecedores por meio de contratos fictícios de verbas de propaganda cooperada (VPC) e por operações financeiras conhecidas como “risco sacado”.

De acordo com a empresa, "o Conselho de Administração orientou que a diretoria avalie as medidas a serem adotadas para a defesa dos interesses sociais da companhia e o ressarcimento pelos prejuízos".

A varejista afirmou ainda que vai enviar os relatórios ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"Os responsáveis por comandar ou orquestrar as fraudes identificadas não mais integram os quadros da companhia", disse a Americanas.

Na semana passada, o MPF pediu a extradição do ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, da Espanha para o Brasil. A solicitação foi feita à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro na noite da última quarta-feira, dia 10 de julho.

No fim de junho, a PF e o MPF deflagraram a operação Disclosure contra ex-executivos da Americanas. O objetivo era cumprir mandados de prisão contra o ex-CEO da varejista e a ex-diretora Anna Saicali. Ambos estavam no exterior.

A operação foi baseada nas delações premiadas dos ex-executivos da varejista Marcelo da Silva Nunes, que foi diretor financeiro, e Flavia Carneiro, que foi diretora de controladoria.

Os dois tinham participação direta nas fraudes e, depois de fecharem acordo com a PF e o MPF, forneceram cópias de e-mails, mensagens de celular e documentos que indicam a fraude que levou a empresa a entrar em recuperação judicial.

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