NEGÓCIOS

Americanas: varejista já fechou 88 lojas desde que entrou com pedido de recuperação judicial

Só em agosto, foram 25 fechamentos; são 1.794 unidades frente aos 1.880 pontos físicos de janeiro passado

Entrada da Americanas no Norte Shopping, no Rio de Janeiro, onde a dívida da varejista em aluguel já chega a quase R$ 1 milhãoEntrada da Americanas no Norte Shopping, no Rio de Janeiro, onde a dívida da varejista em aluguel já chega a quase R$ 1 milhão - Foto: Mauro Pimentel/AFP

A Americanas já fechou 88 lojas físicas desde janeiro deste ano, quando a varejista entrou com pedido de recuperação judicial. Eram 1.880 pontos comerciais no início de 2023 e atualmente estão operando 1.794 unidades. Só em agosto, foram fechadas 25 lojas, o maior número desde que a recuperação judicial foi aceita.
 

As informações são do relatório de acompanhamento mensal dos administradores judiciais da companhia Bruno Rezende, Sérgio Zveiter e Luciano Bandeira enviado à Comissão de Valores Mobiliários nesse domingo com informações referentes a agosto.

No mesmo período, o número de clientes ativos recuou em 5,4 milhões, de 48,3 milhões em janeiro passado para 42,8 milhões em agosto passado. O indicador mede a quantidade de clientes que realizaram pelo menos uma compra ou interação com a empresa em um determinado período.

Na comparação com dezembro do ano passado e agosto deste ano, o número de clientes ativos recuou 12,7%, o equivalente a 6,3 milhões de pessoas. o número recuou de 49,1 milhões para 42,8 milhões.

"Ao acompanhar esse indicador, é possível avaliar a fidelidade e retenção dos clientes", diz o comunicado do administrador judicial.

O caixa total disponível em agosto passado era de R$ 1,7 bilhão frente aos R$ 4,6 bilhões de dezembro passado, antes que a varejista declarasse ter encontrado "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões, que posteriormente chegaram a R$ 43 bilhões.

'Delação premiada' com a CVM
Segundo o colunista do GLOBO, Lauro Jardim, Americanas, fechou um acordo administrativo em processo de supervisão — uma espécie de “delação premiada” com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade fiscalizadora do mercado de capitais. O dispositivo está previsto em lei desde 2017, mas essa é a primeira vez que a comissão é procurada para celebrar e finaliza um recurso desse tipo.

Por ora, o nome dos envolvidos está em sigilo. No Judiciário, foram homologadas, em agosto, duas colaborações com dois ex-executivos da varejista: Flávia Carneiro e Marcelo Nunes.

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