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Crédito

Ampliação de crédito para o Nordeste é tema de debate no escritório do BNDES no Recife

A reunião técnica aconteceu junto com representantes do Consórcio Nordeste, da Sudene, secretários de estado da região e bancos públicos federais

Ampliação de crédito para o Nordeste é tema de debate no escritório do BNDES no RecifeAmpliação de crédito para o Nordeste é tema de debate no escritório do BNDES no Recife - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A ampliação de crédito para as cadeias produtivas estratégicas do Nordeste foi tema de debate, nesta terça-feira (6), no escritório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na Zona Sul do Recife. 

A reunião técnica aconteceu junto com representantes do Consórcio Nordeste, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), secretários de estado da região e bancos públicos federais (Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica). 

Algumas medidas foram estabelecidas durante o evento, como a reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) e a definição do calendário de fomento por meio de “rodas de negócios” em todos os estados do Nordeste. 

Segundo dados do BNDES, entre janeiro e junho de 2024, o Nordeste teve R$ 7,7 bilhões em crédito aprovado pela instituição. O montante representa um aumento de 196% em relação ao mesmo período do ano passado. 

De acordo com a diretora Financeira e de Crédito Digital para micro, pequenas e médias empresas do BNDES, Maria Fernanda Coelho, existe um grande desafio de territorializar as políticas públicas

“O BNDES, em parceria com a Sudene e o Consórcio Nordeste, projetou essa reunião técnica para que a gente possa começar um processo de articulação das instituições públicas federais que atuam na região para potencializar ainda mais os investimentos que estão previstos para a região Nordeste”, afirmou. 

A reunião prosseguiu durante todo o dia e teve diversas palestras sobre as perspectivas de investimento e a nova fase de desenvolvimento do Nordeste; os investimentos nos estados e os seus projetos estratégicos; e a oferta de crédito dos bancos na região e estratégias para sua ampliação. 

Durante a apresentação, a professora Tania Bacelar abordou as mudanças que o Nordeste vem passando ao longo dos anos.

“O Nordeste tem um problema social importante, mas a região não é só isso. O que eu tentei mostrar é que mudanças foram essas que aconteceram na região e como você se organiza para financiar investimentos dialogando com essas mudanças”, destacou.

A partir do encontro e dos diálogos estabelecidos, foi definido um calendário das “rodas de negócios”, como forma de integração dos bancos com os projetos dos estados. 

“Vamos ter um calendário em cada um dos estados avaliando com o poder público, estadual, os municípios, e o setor público e privado para que a gente possa dar início a esse ciclo virtuoso dos investimentos com base na grande estratégia de governo que é o Plano de Transformação Ecológica, o Novo PAC e a Nova Indústria Brasil”, pontuou Maria Fernanda. 

Ainda de acordo com a diretora, a atuação será definida a partir do diagnóstico que os estados têm e dos projetos considerados estruturantes, além da perspectiva da Sudene com a sua estratégia de desenvolvimento. 

Segundo o chefe de gabinete do Consórcio Nordeste, Glauber Piva, o encontro é um marco histórico e o Nordeste é uma região estratégica para essa nova fase de desenvolvimento pela qual o Brasil deve passar. 

“É muito importante que haja uma perspectiva de territorialização das políticas públicas e isso depende da qualidade do investimento. O BNDES é estratégico nisso e talvez seja o grande eixo em torno do qual o sistema financeiro brasileiro pode atuar no financiamento do investimento no Nordeste.”

Retomada 
No evento, a Sudene anunciou a retomada das atividades do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff) com o objetivo de integrar as ações de apoio financeiro ao setor produtivo regional

O grupo de agentes financeiros vai subsidiar o Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) da superintendência com medidas de aperfeiçoamento da aplicação dos instrumentos que financiam as ações de desenvolvimento regional.

De acordo com o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, essa é uma retomada estratégica no planejamento regional promovida pela superintendência.

“Para que a gente possa integrar melhor os financiamentos com as metas e missões previstas nas políticas de desenvolvimento regional, a Sudene está reativando o seu comitê de integração das instituições de financiamento da região.” 

O comitê vai estabelecer metas consolidadas entre as instituições para impulsionar o desenvolvimento do Nordeste, considerando ações como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Nova Indústria Brasil, além das políticas de desenvolvimento regional. 

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