Anac antecipa redução de voos no Santos Dumont para o início de outubro
Agência reguladora atendeu pedido feito pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), para que o aeroporto termine o ano com movimentação de no máximo 10 milhões de passageiros
A redução de voos no Santos Dumont começará já no início de outubro, e não mais no final do mês, para que o aeroporto termine o ano com fluxo de no máximo 10 milhões de passageiros. A decisão foi tomada em uma reunião da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que atendeu a um pedido feito pela Secretária de Aviação Civil (SAC).
A Anac determinou que haverá uma redução no número de slots (intervalo para pouso e decolagem) que cada companhia terá direito na nova temporada de voos. Com os novos critérios de distribuição de slots, a Azul ficou com uma participação de 24,96%; Gol, 39,84%, e Latam, 34,95%. Segundo a assessoria da Anac, as empresas já estão enviando para a agência o novo mapa dos voos.
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Os novos critérios obedecem a capacidade do aeroporto, que opera próximo ao limite. No ano passado, o volume de passageiros no Santos Dumont chegou a 10,178 milhões, considerando as operações regionais. Sem o pedido da SAC, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, o terminal poderia fechar 2023 com cerca de 12 milhões de passageiros.
Segundo técnicos do governo e executivos das empresas, uma parte dos voos será transferida para o Galeão. A medida faz parte do esforço entre o governo federal e as autoridades do Rio para estimular as operações no Galeão, que opera com ociosidade.
Além disso, ainda nesta quinta-feira, o governo federal deverá oficializar acordo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, de restringir ainda mais as operações no Santos Dumont, a partir de janeiro de 2024. Os voos ficarão limitados a um raio de até 400 quilômetros e somente para aeroportos domésticos, como Pampulha, em Belo Horizonte e Congonhas. A intenção é incluir Brasília, mas isso dependerá de aprovação de projeto pelo Congresso Nacional.
Ainda como justificativa para reduzir os voos no Santos Dumont a partir de janeiro, a Infraero dará início à realização de obras na pista, o que vai limitar a capacidade física do terminal.