Combustíveis

Anúncio de aumento de preço da gasolina leva a corrida aos postos para encher o tanque

Consumidores se queixam de reajustes na bomba antes da entrada em vigor dos novos preços de venda para distribuidoras

Foto: Roberto Moreyra/Agência O Globo

A notícia de reajuste nos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras levou a uma corrida aos postos de combustíveis em todo o país, causando filas em algumas cidades, como Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Brasília.

O objetivo dos consumidores era encher o tanque antes que o novo preço entrasse em vigor, nesta sexta-feira. No entanto, muitos motoristas relataram que os reajustes nas bombas já tinha acontecido, o que levou o Procon-SP a fiscalizar os postos e a pedir que os consumidores denunciassem os locais que praticaram reajustes antecipados.

A escalada dos preços dos combustíveis está fazendo o advogado Gabriel Pires, de 32 anos, repensaa a decisão de ter carro.

"Agora o carro é só para viagens e distâncias mais longas. No dia a dia tenho usado mais a bicicleta", diz Pires, que correu para abastecer quando soube do reajuste.

O frentista Thiago Maciel, de 20 anos, disse que a primeira pergunta dos clientes que chegavam ao posto em Botafogo, na Zona Sul do Rio, era se já tinha tido o reajuste:

"Chega a ser engraçado, porque as pessoas vêm aqui com medo: "já aumentou?" Quando digo que não, a ordem é encher o tanque", disse.

Dono de uma concessionária de automóveis Ricardo Daldi, de 50 anos, correu para abastecer os 50 carros da loja em um posto da Praça da Bandeira, no Rio..

"Vou encher os tanques dos carros todinhos lá. Esse reajuste é um absurdo", comentou.

Já Silvio Wolf,  arquiteto, de 54 anos, contou que as saídas aos finais de semana se tornaram menos frequentes diante da frequência dos reajustes e que o seu carro passa cada vez mais tempo na garagem.

"Minha irmã recebeu a notícia e me avisou. A subida vai ser alta, né? Eu já estou usando o carro cada vez menos. Hoje em dia eu penso melhor antes de sair com o carro", falou.

Alan Alves, de 42 anos, é motorista de aplicativo, diz que os aumentos frequentes estão tornando o trabalho cada vez menos lucrativo:.

"Acabei de saber do reajuste. A gente trabalha em cima disso aqui (do carro), com gás e combustíveis caros, como que faz? Fica difícil trabalhar", disse.

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