Apagão: entenda o que é o sistema interligado e como uma falha pode criar um efeito em cascata
Sistema inteliga as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte
A eletricidade que chega na casa dos brasileiros e na sede das empresas é composta por um sistema interligado, o chamado SIN. Hoje, as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte estão conectadas em uma única rede. Roraima é o único estado brasileiro que não está integrado ao SIN, tendo seu abastecimento feito parcialmente pela Venezuela.
Ou seja, a energia gerada por uma hidrelétrica no Paraná pode ser utilizada pela população no Rio Grande do Norte. Ou a eletricidade de usina eólica em Pernambuco pode ser usada para abastecer Mato Grosso. Para fazer essa “comunicação” entre os estados, o sistema é composto por linhas de transmissão que cruzam todo o país. Através dessa rede, o brasil pode ainda utilizar a energia que vem de países vizinhos, como Argentina e Paraguai.
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Em relação à geração de energia, o SIN é formado por hidrelétricas, que respondem por 52,2% do total gerado de eletricidade no país. As usinas térmicas a gás, diesel, carvão e nuclear) somam 12,5%, assim como parques eólicos (12,6%) e solares (4.5%). A microgeração distribuída, quando uma residência ou empresa gera sua própria energia, já soma 10,7%. A biomassa tem ainda 7,4%.
Assim, quando ocorre um problema em algum local durante a rede de transmissão ou subestação de energia, os reflexos podem rapidamente se espalhar pelo país, criando um efeito cascata. O SIN conta com uma de rede apoio, chamado de “back up”. O objetivo é evitar apagões como o desta terça-feira. Assim, na teoria, quando um ponto da rede apresenta problema, o sistema de apoio é automaticamente acionado.