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Economia

Aplicativos de delivery anunciam pacotes de auxílio a restaurantes

Nesta segunda-feira (15) o Rappi anunciou um pacote que conta com R$ 100 milhões em crédito para o setor de restaurantes

Entregador segue trabalhando durante a pandemiaEntregador segue trabalhando durante a pandemia - Foto: Leo Malafaia / Folha de Pernambuco

Os aplicativos de entrega de comida têm anunciado pacotes de auxílios a restaurantes parceiros. O objetivo é tentar diminuir os impactos do agravamento da pandemia e das novas medidas restritivas anunciadas em diversos estados brasileiros.

Nesta segunda-feira (15) o Rappi anunciou um pacote que conta com R$ 100 milhões em crédito para o setor de restaurantes. Nos últimos três meses, a companhia emprestou R$ 86 milhões. A empresa não abre números sobre juros, inadimplência ou prazos.

Segundo o presidente do Rappi no Brasil, Sérgio Saraiva, as medidas adotadas têm impacto direto no negócio da companhia e os obriga a reorganizar a operação em várias frentes.
 


"Mas estamos dispostos a assumir esse impacto porque acreditamos que em tempos difíceis como os que vivemos devemos tomar medidas extraordinárias e temporárias que ajudem nossos restaurantes parceiros a contornar este momento", afirmou em nota.

A startup colombiana de delivery também anunciou a isenção de taxas por 90 dias para novos parceiros, antecipação de pagamentos em até sete dias após a venda e a criação de um fundo de marketing voltado a pequenos e médios estabelecimentos que oferecerá cupons de descontos como forma de aumentar as vendas.

A isenção das taxas por 90 dias será válida para todos os novos estabelecimentos com contrato assinado até abril. Já a antecipação de recebíveis em até sete dias será oferecida até junho.

O iFood também anunciou nesta segunda (15) que vai ampliar a oferta de conta digital para mais 55 mil restaurantes parceiros. Até agora, a conta do aplicativo possui 75 mil usuários cadastrados.

Os clientes da conta podem realizar operações bancárias (como transferências, pagamentos de boletos e cartão), de crédito (como antecipação de recebíveis do iFood e operações de crédito) e de adquirência (ofertas de maquininhas e pagamentos via QR Code).

Segundo o presidente da MovilePay, Daniel Bergman, o objetivo da plataforma é ser uma alternativa mais ágil e menos burocrática.

"Grande parte dos restaurantes opta pelo registro como LTDA [sociedade limitada] por possuírem mais de um sócio. A existência de dois ou mais sócios no mesmo negócio deixa a documentação mais complexa, o que faz com que muitos bancos tenham uma dificuldade maior em trabalhar com esse tipo de cliente", disse.

Na semana passada, o iFood também anunciou uma redução das taxas de comissão para os restaurantes parceiros de 23% para 18% para quem opera via entrega iFood e de 12% para 11% aos estabelecimentos que atuam no marketplace da companhia (com entrega própria).

O aplicativo de delivery também anunciou que continuará antecipando pagamentos em até sete dias após a venda sem custo pelos próximos três meses e que pretende viabilizar R$ 500 milhões em linhas de crédito ao longo do ano.

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