Após Brava anunciar primeio óleo do FPSO Atlanta, produção atinge 20 mil bpd
Empresa é a primeira companhia independente de petróleo e gás do País a desenvolver um sistema de produção em águas profundas desde a fase inicial
A Brava Energia anunciou nesta quarta-feira, 1º de janeiro, o primeiro óleo do FPSO Atlanta, no campo de mesmo nome, na bacia de Santos, marcando o início da produção da plataforma liberada na segunda-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Após a conexão e partida dos dois primeiros poços, a produção estabilizou em cerca de 20 mil barris por dia (bpd), informou a Brava. Com o marco, a Brava se torna a primeira companhia independente de petróleo e gás do País a desenvolver um sistema de produção em águas profundas desde a fase inicial.
"O primeiro óleo de Atlanta é um marco para a Brava e reafirma nossa estratégia de geração de valor. A Brava é a primeira e única empresa independente do País a desenvolver um sistema greenfield de produção em águas profundas. Trabalhamos muito para chegar a esse momento", disse em nota o presidente da Brava, Décio Oddone.
A companhia informou que investirá cerca de US$ 1,2 bilhão no projeto. O FPSO Atlanta tem capacidade para produzir até 50 mil barris de óleo por dia, de tratar até 140 mil barris de água por dia e de estocar até 1,6 milhão de barris de petróleo.
Na primeira fase do chamado Sistema Definitivo, até meados de 2025, seis poços serão conectados ao FPSO Atlanta. O Sistema Definitivo substitui o FPSO Petrojarl I, que operava com três poços no Sistema de Produção Antecipada.
"O início da produção do Sistema Definitivo de Atlanta coroa um processo de muito trabalho e empenho de todas as equipes envolvidas. Atlanta é um projeto notável e a sua concretização representa o alcance de um dos nossos principais objetivos de curto prazo. O Sistema Definitivo aumentará substancialmente a produção e a resiliência da companhia", disse o diretor de Operações Offshore da Brava, Carlos Mastrangelo.
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A execução do Sistema Definitivo de Atlanta contou com grande parte das atividades realizadas no Brasil, com destaque para a gestão global de fornecedores.
"Esse resultado só foi possível graças a um ambiente de trabalho colaborativo entre o nosso time e as equipes da OneSubsea, Yinson, Baker Hughes, Sapura, Prysmian, Constellation, entre outras", explicou Mastrangelo.
A Brava Energia, ao reutilizar parte do aço existente, evitou a emissão de mais de 100 mil toneladas de CO2 nas obras de adaptação do FPSO Atlanta. Outras medidas como a recuperação de calor residual dos gases de exaustão das turbinas, a inertização de tanques de carga com hidrocarbonetos; a integração energética para aumento da eficiência e o uso do óleo de Atlanta como alternativa ao diesel também foram adotadas.
O FPSO Atlanta terá ainda um processo eficiente de gestão de carbono, o que reduzirá significativamente as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
Na gestão de integridade, será a primeira unidade a operar com sistema de cálculos estruturais em tempo real (Digital Twin), propiciando maior previsibilidade no gerenciamento da integridade do FPSO.
O acordo para construção e operação do navio foi firmado com a Yinson Production, em fevereiro de 2022. Em julho de 2023, a Yinson Production exerceu sua opção de compra do FPSO Atlanta. O exercício da opção deu início a vigência dos contratos de afretamento, operação e manutenção por até 20 anos.