Logo Folha de Pernambuco

BRASIL

Após discussões, governo não inclui pisos de saúde e educação em pacote de ajuste fiscal

Mínimos constitucionais continuarão divergindo da regra do arcabouço fiscal

Após discussões, governo não inclui pisos de saúde e educação em pacote de ajuste fiscalApós discussões, governo não inclui pisos de saúde e educação em pacote de ajuste fiscal - Foto: Pixabay/Reprodução

O governo decidiu deixar de fora do pacote de contenção de despesas públicas mudanças nos cálculos do piso de Saúde e Educação. A medida estava dentro do cardápio da equipe econômica e chegou a ser discutida, inclusive em reuniões com os ministro da Saúde, Nísia Trindade, e da Educação, Camilo Santana.

Havia também uma intenção de considerar dentro do mínimo constitucional de educação os gastos do governo com o Fundeb, o que não se concretizou.

As linhas gerais do pacote foram divulgadas nesta quarta-feira, em pronunciamento à nação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas as medidas serão detalhadas em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.

Os pisos têm reajuste vinculados à receita. Os gastos com Saúde precisaram representar ao menos 15% da receita corrente líquida do governo federal. E os gastos com Educação devem ser de 18% da receita líquida de impostos. É isso que está previsto atualmente na Constituição.

Isso representa um risco para o limite de gastos do arcabouço fiscal, que é atualizado anualmente por uma taxa entre 0,6% e 2,5%. A equipe econômica defendida uma adequação a essa regra.

Antes da entrada em vigor do arcabouço fiscal — regra que hoje ordena as contas públicas do país, aprovada pelo governo Lula em 2023 —, o teto de gastos, criado pelo ex-presidente Michel Temer, havia determinado que os pisos de Saúde e Educação fossem corrigidos, ano a ano, apenas pela inflação.

Veja também

Câmara aprova urgência para votar projeto sobre 'reciprocidade ambiental' após boicote do Carrefour
BRASIL

Câmara aprova urgência para votar projeto sobre 'reciprocidade ambiental' após boicote do Carrefour

Impacto de medidas para conter gastos pode ficar aquém e mudança no IR preocupa, dizem economistas
PACOTE

Impacto de medidas para conter gastos pode ficar aquém do necessário e mudança no IR preocupa, dizem economistas

Newsletter