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PLANEJAMENTO

Após fala de Lula sobre gastos, Haddad defende ''disciplina'' na utilização de recursos públicos

Ministro da Fazenda afirma que o governo ''pode e deve investir, gastar, mas tem que saber fazê-lo''

O ministro Fernando Haddad O ministro Fernando Haddad  - Foto: Marcelo Justo/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (7) “disciplina” com gastos do governo e reforçou a posição da equipe econômica sobre a necessidade de planejamento para a utilização de recursos públicos.

No fim da semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia pedido aos ministros que sejam "melhores executores" e "gastadores do dinheiro em obras" do país.

O momento é também de discussão interna no governo sobre a meta de controle das contas públicas para 2024. A Fazenda defende a meta de zerar o déficit no ao que vem, o que é criticado por outros integrantes do governo, que tentam alterar esse objetivo.

— Chamar atenção para a disciplina não significa ser ortodoxo (em referência ao rigor nos gastos públicos), como eu tenho insistido muitas vezes. Chamar atenção para a disciplina é chamar atenção para a necessidade do planejamento do país. O país precisa se planejar. Ele pode e deve investir, gastar, mas ele tem que saber fazê-lo, de maneira que a taxa de retorno desse investimento tem que ser suficiente para garantir a sustentabilidade no médio e longo prazo das contas públicas — disse Haddad, na presença de empresários.

Lula e Haddad participam nesta terça-feira do 6º Fórum Brasil de Investimentos (BIF), com a presença de diversos empresários, em Brasília. O presidente da República falou brevemente do empenho do governo com equilíbrio das contas.

Já Haddad, além de fazer uma defesa da Reforma Tributária, declarou que o governo busca o que ele chama de “zelo” com o dinheiro público que seria “tão difícil arrecadar”.

A máxima de "planejar antes de gastar" é recorrente em pronunciamentos públicos feitos pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ela vem defendendo, por exemplo, a revisão de políticas assistenciais para evitar erros e fraudes.

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