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PIB

Após PIB acima do esperado, Haddad diz que crescimento econômico vai 'bater' 2% este ano

O comentário foi feito após o resultado do primeiro trimestre ficar em 1,9%

O ministro Fernando Haddad faz sinal de 'joinha' ao participar de audiência na Câmara dos DeputadosO ministro Fernando Haddad faz sinal de 'joinha' ao participar de audiência na Câmara dos Deputados - Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alegou nesta quinta-feira que o PIB brasileiro em 2023 poderá crescer em cerca de 2%. O comentário foi feito após o resultado do primeiro trimestre ficar em 1,9%, bem acima do esperado.

— Estamos há algum tempo dizendo que o PIB deste ano vai bater 2%. Está se comprovando as projeções da Secretaria de Política Econômica (da Fazenda). Nós devemos ter cautela também, porque o agro veio muito forte e precisamos começar a pensar e ter cuidado com 2024, para manter a economia gerando emprego — disse, em conversa com jornalistas na Fazenda.

Com PIB mais forte, analistas também já revisam as projeções para o ano e já acreditam em crescimento da economia brasileira acima de 2%.

A agropecuária teve crescimento recorde de 21,6% no primeiro trimestre - o melhor desempenho em quase 30 anos.

Segundo Haddad, os números positivos do PIB estão se alinhando com outros indicadores macroeconômicos. Nesse cenário, haveria uma "janela de oportunidade" para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros da economia (a Selic):

— Temos uma oportunidade muito boa, porque a inflação está vindo controlada, os juros futuros estão caindo bastante sensivelmente, o que abre uma janela de oportunidade importantes para a polícia monetária (eventual redução dos juros). O esforço fiscal continuará sendo feito para garantir os resultados do novo marco fiscal — afirmou.

O ministro da Fazenda almoçou nesta quinta-feira com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Sobre encontro, Haddad relata uma longa conversa “sobre o cenário econômico brasileiro”, sem sinalizações sobre cortes na Selic:

— Não é o caso de sinalizar. Ele nem pode sinalizar, pois tem certos protocolos que ele precisa respeitar. Tem um colegiado. Embora seja o presidente, ele é um voto em nove. Ele tem que manter toda a prudência nesse sentido — pontua Haddad.

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