Após reajuste da Petrobras, preço da gasolina sobe nos postos pela segunda semana seguida
Diesel também tem alta pela terceira semana, diz Agência Nacional de Petróleo (ANP)
O preço da gasolina subiu pela segunda semana seguida nos postos de combustíveis, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O valor médio do litro passou de R$ 5,53 para R$ 5,65 nesta semana. Já o diesel teve avanço pela terceira semana consecutiva, de R$ 5,00 por litro, em média, para R$ 5,38 .
O avanço na bomba ocorre na semana em que a Petrobras reajustou os preços nas refinarias. Na terça-feira (15), a estatal anunciou aumento da gasolina e do diesel. Foi a primeira vez que a empresa elevou os combustíveis desde que Jean Paul Prates assumiu a presidência da estatal, no fim de janeiro.
Assim, desde a quarta-feira, a Petrobras aumentou em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 2,93 por litro. O aumento representa uma alta de 16,3%. A Petrobras também reajustou em 25,8%, para R$ 3,80, o preço do diesel.
Leia também
• Jaboatão dos Guararapes divulga data de pagamento da 2ª parcela do Fundef; confira
• Governo inicia neste sábado (18) fase de testes do FGTS Digital
• Cade apura se Petrobras teve prática anticompetitiva na crise hídrica
O aumento dos preços tanto na bomba quanto nas refinarias ocorre em um momento em que postos iniciaram uma corrida por diesel e gasolina em todo o país. Na segunda-feira à nooite, Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos.
Porém, apesar da situação, a entidade que reúne os postos diz que não há necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras).
O aumento da Petrobras foi a primeira desde a criação de sua nova política de preços, em 16 de maio, que colocou fim à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.
Com isso, a estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior.
Apesar do reajuste da Petrobras, os preços da gasolina e diesel vendidos no Brasil pela estatal ainda estão 11% abaixo das cotações internacionais, de acordo com dados da Abicom, que reúne os importadores. Nesta sexta-feira, o preço do barril tipo Brent, usado como referência internacional, sobe 0,81%, para US$ 84,80.