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Combustível

Após reajuste da Petrobras, preço da gasolina sobe nos postos pela segunda semana seguida

Diesel também tem alta pela terceira semana, diz Agência Nacional de Petróleo (ANP)

Posto de combustívelPosto de combustível - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O preço da gasolina subiu pela segunda semana seguida nos postos de combustíveis, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

O valor médio do litro passou de R$ 5,53 para R$ 5,65 nesta semana. Já o diesel teve avanço pela terceira semana consecutiva, de R$ 5,00 por litro, em média, para R$ 5,38 .

O avanço na bomba ocorre na semana em que a Petrobras reajustou os preços nas refinarias. Na terça-feira (15), a estatal anunciou aumento da gasolina e do diesel. Foi a primeira vez que a empresa elevou os combustíveis desde que Jean Paul Prates assumiu a presidência da estatal, no fim de janeiro.

Assim, desde a quarta-feira, a Petrobras aumentou em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras, que passou a ser de R$ 2,93 por litro. O aumento representa uma alta de 16,3%. A Petrobras também reajustou em 25,8%, para R$ 3,80, o preço do diesel.

O aumento dos preços tanto na bomba quanto nas refinarias ocorre em um momento em que postos iniciaram uma corrida por diesel e gasolina em todo o país. Na segunda-feira à nooite, Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou que o Brasil enfrenta restrição nas entregas de combustíveis em algumas bases de distribuição para os postos.

Porém, apesar da situação, a entidade que reúne os postos diz que não há necessariamente falta de produtos para a ponta final da cadeia (postos e distribuidoras).

O aumento da Petrobras foi a primeira desde a criação de sua nova política de preços, em 16 de maio, que colocou fim à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.

Com isso, a estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior.

Apesar do reajuste da Petrobras, os preços da gasolina e diesel vendidos no Brasil pela estatal ainda estão 11% abaixo das cotações internacionais, de acordo com dados da Abicom, que reúne os importadores. Nesta sexta-feira, o preço do barril tipo Brent, usado como referência internacional, sobe 0,81%, para US$ 84,80.

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