Após anúncio de reajustes, postos no Recife vendem gasolina com preços entre R$ 6,97 e R$ 7,09
Aumento é ocasionado pelos reajustes dos preços para as distribuidoras anunciados pela Petrobras
A Petrobras anunciou reajustes de preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras a partir desta sexta-feira (11). Foram 57 dias sem aumento nos combustíveis, onde agora o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. No Recife, já é possível encontrar postos comercializando o produto com preços entre R$ 6,97 e R$ 7,09.
Por meio de um comunicado, a estatal declarou que a variação foi de R$ 0,44 por litro comercializado.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, informou.
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Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subirá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras deixará de ser R$ 3,25, em média, para R$ 4,06, resultando em uma variação de R$ 0,81 por litro.
Gás
Para o gás liquefeito de petróleo, o GLP, a partir desta sexta-feira (11) o preço médio de venda para as distribuidoras subirá de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg. Segundo a estatal, o último reajuste no GLP havia sido em 9 de outubro do ano passado.
Para o comerciante José Carlos da Silva, o novo reajuste precisa ser melhor repassado para que o consumidor não se confunda com os constantes aumentos.
“Entra em vigor hoje, mas ontem mesmo já aumentou. A alternativa é encher o tanque e seguir, não temos muito o que fazer, quem trabalha precisa se locomover. É uma situação absurda onde somos prejudicados”, avaliou.
Já para a autônoma Waleska Laerte, é preciso que soluções sejam encontradas para que as pessoas consigam ao menos ir trabalhar com seu veículo.
“Para economizar vamos ter que pensar duas vezes antes de sair de casa. Esses aumentos são absurdos e não temos como segurar, não tem como deixar o carro e ir para o transporte público por conta da qualidade, vai ficar complicado para trabalhar”, analisou.
ICMS segue congelado
Segundo o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) e secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, apesar do aumento, o ICMS dos combustíveis ainda segue congelado, o que faz com que o consumidor não tenha um impacto ainda maior no orçamento.
Caminhoneiros acreditam que os novos valores são insustentáveis
O aumento no preço dos combustíveis pode desencadear em uma nova onda de paralisações das entidades que representam os caminhoneiros. Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Pernambuco, Wilton Nery, a notícia do aumento para a categoria é visto como algo insustentável.
“Temos muita indignação, é uma situação que hoje chega a ser inviável para nossa atuação”, declarou.
Segundo Wilton, o reajuste chega ao ponto de que o caminhoneiro precise repassar o novo valor do combustível.
“É insustentável. Cada vez se esmaga mais a categoria, conseguimos passar para a sociedade o valor com uma perda acumulada e vai passando para a sociedade que sofre. É uma situação que pode provocar uma paralisação nacional sem precisar de ter um comando da categoria”, contou.