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Após recuperação do PIB no 1º tri, Fazenda projeta desaceleração no 2º tri

Para a SPE, medidas de auxílio fiscal e de crédito devem auxiliar a mitigar os impactos negativos do episódio

Após recuperação do PIB no 1º tri, Fazenda projeta desaceleração no 2º triApós recuperação do PIB no 1º tri, Fazenda projeta desaceleração no 2º tri - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Após a recuperação na margem do Produto Interno Bruto (PIB) observada no primeiro trimestre deste ano, a expectativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda é de desaceleração no ritmo de crescimento no próximo trimestre, repercutindo a calamidade no Rio Grande do Sul. "A agropecuária e a indústria de transformação devem ser atividades especialmente afetadas", estimou a Secretaria, ponderando, porém, que são setores proporcionalmente mais importantes no PIB do Estado que no nacional.

Em nota divulgada nesta terça-feira, a SPE destacou que, no setor de serviços, atividades como transportes e outras atividades da área também devem ser impactadas pela calamidade, repercutindo a piora da mobilidade e as restrições no provimento de serviços pessoais, de alimentação e de alojamentos.

Para a Secretaria, medidas de auxílio fiscal e de crédito devem auxiliar a mitigar os impactos negativos do episódio, mas seus efeitos devem se diluir ao longo deste e dos próximos trimestres.
 

"Dessa maneira, mesmo com o resultado positivo e similar ao projetado pela SPE no primeiro trimestre de 2024, restam incertezas a respeito da estimativa de crescimento para 2024", escreveram os técnicos do órgão.

A Secretaria enfatizou também que o PIB do primeiro trimestre seguiu em trajetória de aceleração na comparação interanual.

"A aceleração repercutiu o melhor desempenho de atividades cíclicas pela ótica da oferta, como o da indústria de transformação, do comércio e de outras atividades de serviços; e o maior ritmo de expansão da absorção doméstica pela ótica da demanda, com destaque para o avanço do consumo das famílias e do investimento", trouxe o comunicado.

Para os técnicos da Fazenda, o avanço da massa de rendimento e das concessões de crédito auxiliam a explicar a trajetória de maior crescimento nos primeiros três meses do ano, devendo seguir como vetores propulsores da atividade ao longo de 2024.

G20
A SPE também destacou o comportamento da atividade brasileira de janeiro a março em termos internacionais. Dentre os países do grupo das 20 maiores economias do globo (G-20) que já divulgaram o resultado do PIB do primeiro trimestre, o Brasil ocupou a 5ª colocação quando a comparação é em relação aos dados na margem.

Já na leitura interanual, o País ficou com a 8ª posição e, no resultado acumulado em quatro trimestres, na 7ª.

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