Após revisão do PIB, país tem dois trimestres seguidos de crescimento nulo
Economia ficou estável no segundo semestre. No ano, crescimento foi de 2,9%
O IBGE revisou para baixo o crescimento econômico dos trimestres mais recentes. No terceiro trimestre de 2023, na comparação com o segundo, o desempenho passou para uma variação nula, ante uma alta de 0,1% no PIB, inicialmente calculada.
Com isso, a economia brasileira ficou com crescimento zero por dois trimestres, já que o PIB do último trimestre do ano passado ficou com variação nula. O quadro é considerado de estabilidade pelo IBGE, segundo a coordenadora de Contas Nacionais do órgão, Rebeca Palis.
Analistas do mercado trabalham com a definição de "recessão técnica", caracterizada quando há dois trimestres seguidos de retração no PIB, sempre na comparação com os trimestres imediatamente anteriores.
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"Esse conceito (de "recessão técnica") é muito utilizado no senso comum, mas para se caracterizar uma recessão tem que se considerar outras coisas e não só isso" afirmou Rebeca, ressaltando que o IBGE não leva isso em conta. "Não trabalhamos com esse conceito, mas independentemente disso, a economia brasileira está estável".
Também houve ligeiras revisões no primeiro semestre. O crescimento do primeiro trimestre ante o quarto de 2022 passou para 1,3%, ante o 1,4% inicialmente estimado. No segundo trimestre, a alta passou a 0,8%, ante o 1,0% anteriormente calculado.
No ano de 2023, o crescimento foi de 2,9%.