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NEGÓCIOS

Após solicitação da CVM, Itaú confirma processo contra ex-executivo por violação do código de ética

Ex-diretor Financeiro, Alexsandro Broedel está sendo processado por receber R$ 4,8 milhões de fornecedor

Todos os clientes do Itaú vão poder acessar todos os serviços do banco em um único lugarTodos os clientes do Itaú vão poder acessar todos os serviços do banco em um único lugar - Foto: Reprodução/X

O Itaú publicou ontem um comunicado, em resposta à solicitação da Comissão de Valores Mobiliários, órgão que fiscaliza o mercado de capitias, sobre o caso do ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel Lopes, processado pelo banco em meio a alegações de conflito de interesses.

A CVM pediu esclarecimentos sobre as notícias divulgadas, já que o Itaú não tinha publicado oficialmente um fato relevante ou um comunicado sobre o caso, já que considerou que se tratava de um caso isolado envolvendo um ex-executivo. Agora, a CVM decidirá se abre processo administrativo sancionador, convocando os envolvidos.

No texto, o Itaú esclareceu que, após meses de apurações internas, identificou que Broedel violou o código de ética ao exercer atividade externa remunerada incompatível com seu cargo. Segundo as investigações do banco, ele mantinha sociedade com um fornecedor, fato que foi omitido da instituição.

O comunicado do Itaú afirma ainda que Broedel usou de forma irregular as prerrogativas do seu cargo e aprovou pagamentos ao fornecedor, de quem era sócio, por pareceres contábeis, que totalizam R$ 10,4 milhões nos últimos quatro anos. Broedel fez a contratação de 40 pareceres que totalizam R$ 13,2 milhões, até este ano, mas apenas 20 pareceres foram entregues.

Além disso, diz o comunicado do Itaú, há fortes indícios de que o fornecedor redirecionava parte dos valores recebidos e que Broedel recebeu em suas contas R$ 4,8 milhões entre 2019-2024, através de uma empresa intermediária. Seria uma espécie de rebate pela contratação.

"O Itaú, ao longo desses meses, solicitou esclarecimentos ao ex-administrador e ao fornecedor, mas não recebeu explicações que pudessem refutar a conclusão dessas apurações internas", diz o comunicado.

No informe ao mercado, o Itaú reforça que se trata de uma situação isolada, em que o prejuízo indireto está limitado aos valores citados pelo banco, sem quaisquer impactos materiais para a instituição. O processo contra Broedel trâmita na 34ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo. Broedel se desligou do Itaú em julho deste ano.

O banco explica que seus balanços foram reavaliados por seu Comitê de Auditoria e por consultoria externa, a PWC – PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, que certificaram a ausência de impacto nas demonstrações financeiras e nos resultados da instituição.

"Por todas essas razões, a companhia entende que as informações acima descritas não se qualificam como fato relevante", justificou o Itaú.

Procurada, a defesa de Broedel não foi encontrada para comentar o comunicado do Itaú.

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