Apple Intelligence: entenda como a dona do iPhone gerencia os dados dos usuários
Em geral, o receio é justamente quando os dados dos usuários são enviados para os servidores
Com o lançamento da Apple Intelligence em português para o Brasil, o acesso à privacidade dos dados pessoais dos usuários ganha um novo capítulo. Com a necessidade de uma maior capacidade de processamento na nuvem devido às funções exigidas pela inteligência artificial, a segurança da informação se tornou uma das principais preocupações de especialistas.
Em geral, o receio é justamente quando os dados dos usuários são enviados para os servidores. É por isso que fabricantes como a Apple vem investindo para que a maior parte do processamento das informações seja feita no próprio aparelho. A mesma estratégia vem sendo adotada pela Qualcomm, por exemplo, com seus chips para modelos Android, o sistema operacional do Google.
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Para permitir essa solução, a Apple Intelligence é integrada ao próprio iPhone através do desenvolvimento de chips específicos que combinam em sua estrutura as funções do software e hardware.
Dessa forma, as novas funções da IA da Apple estão disponíveis nas versões Pro e Pro Max do iPhone 15 e em toda a linha do iPhone 16. Os modelos mais recentes da companhia contam com os chips A17 Pro, A18 e A18 Pro, que contam com modelos de linguagem que permitem realizar tarefas complexas em tempo real.
No entanto, alguns processamentos mais complexos, como a geração de imagens avançadas, exigem maior capacidade computacional na nuvem. Nesses casos, a Apple vem investindo em servidores com chips próprios, chamados Apple Silicon.
Para cada solicitação, o dispositivo do usuário estabelece uma conexão criptografada de ponta a ponta com os servidores, que a empresa chama de Private Cloud Compute.
De acordo com as informações divulgadas pela companhia, apenas alguns servidores específicos podem ser acionados, garantindo que os dados das solicitações dos usuários não sejam armazenados no data centers da empresa.
A Apple também dividiu opiniões entre algumas empresas anos atrás ao dar aos usuários a possibilidade de impedir o envio de informações pessoais para aplicativos, como os de redes sociais, com a criação da função chamada "Rastreamento de Apps".