Apple se torna a primeira empresa dos EUA a valer US$ 2 trilhões na bolsa
Com esse novo recorde, a empresa dobrou de valor em apenas dois anos
A gigante da informática Apple se tornou, nesta quarta-feira (19), a primeira empresa dos Estados Unidos a valer mais de 2 trilhões de dólares na Bolsa de Nova York.
O grupo foi o primeiro a passar a faixa do um trilhão de dólares de capitalização de mercado em Wall Street em 2018. Desde então, foi seguido pela Amazon, Microsoft e Alphabet, a matriz do Google.
Com esse novo recorde, a empresa dobrou de valor em apenas dois anos.
O grupo liderado por Tim Cook acompanhou a gigante do petróleo saudita Aramco, que em dezembro de 2019 se tornou a primeira empresa do mundo a superar os US$ 2 trilhões em valor de mercado. Mas já foi superada pela Apple.
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A marca viu seus resultados aumentarem graças ao confinamento pela pandemia de coronavírus.
No segundo trimestre, a fabricante de iPhones faturou mais de 60 bilhões de dólares e obteve mais de 11 bilhões de dólares em lucro líquido.
Sua ação subiu quase 60% desde o início do ano.
A Apple atingiu os 2 trilhões de dólares em capitalização de mercado quando o preço de suas ações ultrapassou os 467,77 dólares, antes das 12h00 desta quarta-feira (horário de Brasília). O grupo possui pouco mais de 4,275 bilhões de ações.
Observadores esperam uma demanda importante quando for lançado o iPhone 12.
O analista Daniel Ives, da Wedbush Securites, estimou em nota recente que mais de um terço dos iPhones em circulação no mundo poderiam ser substituídos por modelos mais recentes.
A Apple é, segundo este analista, um dos grupos mais bem posicionados para se beneficiar do 5G, nova geração de tecnologia móvel ultrarrápida.
Cultura popular
Este marco da Apple simboliza o peso imenso dos grandes grupos tecnológicos na bolsa nova-iorquina, que impulsionaram para cima os índices desde o crack provocado pela pandemia do novo coronavírus.
Sobretudo simbólico, este valor marca o êxito de um grupo que conseguiu com que seus produtos sejam para muitos parte de uma cultura popular, com tecnologia de ponta e design minimalista, que seus clientes estão dispostos a pagar.
O presidente da Apple, Tim Cook, que sucedeu Steve Jobs em 2011, não criou produtos revolucionários desde que chegou ao comando da empresa, mas fez frutificar as invenções da era anterior. Também estendeu as atividades da empresa na China e seus serviços.